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    Crise da água

    Alckmin quer usar Billings para socorrer Guarapiranga e Alto Tietê

    DE SÃO PAULO

    21/01/2015 16h32

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta-feira (21) que a represa Billings passa a ser o foco de atenção do governo para reduzir os impactos da maior crise de abastecimento que atinge a Grande São Paulo.

    Segundo ele, a represa poderá ajudar os Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, que têm tido seus níveis diminuídos drasticamente, desde que passaram a socorrer o Sistema Cantareira. Hoje, os dois sistemas registraram quedas.

    O governador, no entanto, não deu detalhes de como essa captação será feita e de como a água será distribuída na Grande São Paulo.

    Na última semana, o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, havia comentado sobre a possibilidade de captação de água na Billings.

    "A Billings tem [cerca de] 10 vezes o estoque do que tem hoje o Cantareira. Qual o problema principal? É o de qualidade [da água, que está poluída] e também o de levar essa água [para as residências]", disse ele. "É um problema de engenharia complexo de tratar e levar até onde é necessário".

    O executivo, no entanto, disse que essa medida esbarrava em grandes entraves como a alta poluição da represa e a dificuldade de distribuição da água captada ali.

    Hoje, pelo décimo dia consecutivo, o nível do Cantareira, principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, baixou e opera com 5,5% de sua capacidade.

    De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do reservatório baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior. A série de queda começou no dia 11 de janeiro quando o sistema operava com 6,6% de sua capacidade.

    Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress

    OUTROS SISTEMAS

    Outro sistema que também ampliou seu ritmo de queda foi o Alto Tietê que atinge 10% de sua capacidade após baixar 0,2 ponto percentual em relação ao índice de terça. O sistema cai consecutivamente desde o dia 13 de janeiro, quando o manancial registrou 11,3% de sua capacidade.

    O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

    A represa de Guarapiranga também voltou a sofrer com a escassez de chuva. O sistema, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 38,2% de sua capacidade após baixar 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior.

    O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, baixou 0,3 ponto percentual e opera nesta quarta com 28,2% de sua capacidade.

    O nível dos sistemas Rio Claro e Rio Grande caiu em relação ao dia anterior: 0,6 e 0,2 ponto percentual, respectivamente. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 22% de sua capacidade. Já o manancial de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 68,6% de sua capacidade.

    A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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