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    Balanço da Anac aponta 19% de voos cancelados pelo país durante a manhã

    DE SÃO PAULO

    22/01/2015 10h19

    A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que 19% dos voos programados foram cancelamentos e 7,7% sofreram atrasos durante a paralisação de aeronautas (comissários e pilotos) e aeroviários (profissionais que atuam em solo) entre 6h e 9h da manhã desta quinta-feira (22) –período em que houve a paralisação dos profissionais.

    A agência informou ainda que as empresas aéreas e os operadores aeroportuários acionaram seus planos de contingência e estão readequando suas malhas aéreas para evitar maiores transtornos aos passageiros.

    Balanço divulgado às 10h pela Infraero mostra que 148 dos 760 voos programados para ocorrer no país estão atrasados e 66 (8,7%) foram cancelados. Os atrasos e cancelamentos de voos em todo o país são decorrentes da paralisação dos aeronautas e aeroviários.

    A paralisação contou com o apoio dos aeroviários e foi decidida após Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil ) e Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), que representa as companhias TAM, Gol, Azul e Avianca, não chegarem a acordo sobre reajuste salarial e aumento de benefícios sociais.

    Segundo a Fentac, as empresas não apresentaram até o fim de segunda-feira (19) uma nova proposta de reajuste salarial e melhoria nos benefícios sociais para os trabalhadores da aviação civil. A última proposta das aéreas foi de reajuste de 6,5% nos salários e 7% nos vales-alimentação e refeição. A Fentac reivindica reajuste com ganho real nos salários de 8,5% e a aplicação deste índice nos demais benefícios (como vales-refeição e alimentação).

    Os aeronautas também pedem mudanças nas condições de trabalho, criação de um piso para agente de check-in (para os aeroviários) e escalas que gerenciem a fadiga da tripulação e garantam a segurança de voo de todos.

    O movimento, organizado pelos sindicatos dos aeroviários de Guarulhos (SP), Porto Alegre, Campinas (SP), Recife, pelo SNA, que representa 22 Estados, e pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas, deve ser repetido nos dias seguintes, no mesmo horário, segundo as entidades.

    Na terça-feira (20), o TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou que os aeronautas e aeroviários mantivessem o efetivo mínimo de 80% em operação no horário marcado para a parada.

    O vice-presidente do SNA, Rodrigo Spader, afirmou que durante à tarde desta quinta haverá uma assembleia em seis capitais (Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Campinas e Belo Horizonte) para fazer um balanço da paralisação dessa manhã e deliberar se haverá ou não uma nova paralisação nesta sexta-feira (23).

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