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    Paletas mexicanas e food trucks chegam ao litoral

    JOSÉ MARQUES
    ENVIADO ESPECIAL AO LITORAL NORTE

    25/01/2015 02h05

    Em vez do picolé de R$ 5, uma "paleta" mexicana de banana com Nutella por R$ 10. No lugar do X-churrasco a R$ 13, um Old Fashion Burger com "home made rustic fries" (hambúrguer à moda antiga com batata frita rústica caseira) por R$ 34.

    As modas gastronômicas de 2014 desceram a serra mais uma vez no verão. Desde dezembro, food trucks (vans que vendem comida) e paleterias (sorveterias à moda mexicana) proliferam no litoral norte paulista.
    A intenção, segundo os empresários, é aproveitar o filão do público classe A e B que já consome os produtos na capital e não encontrava opções parecidas na praia.

    No caso dos picolés mexicanos, o calor é um motivo a mais para o investimento.

    Danilo Verpa/Folhapress
    SAO SEBASTIAO - CAMBURY - SP - 17.01.2014 - Vendedor de paleta na praia de Cambury, litoral norte de Sao Paulo.. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, COTIDIANO) **FOLHA VERAO**
    Vendedor de paleta na praia de Camburi, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo.

    "No México, o picolé não é exatamente assim, é mais artesanal, não tem tanto recheio. Fizemos umas modificações e ficou melhor", compara Raphael Sorio, 43, que abriu unidades da paleteria Las Olas em Camburi (São Sebastião) e Itaguá (Ubatuba).

    Por ter sido um dos primeiros a lançar o negócio por lá, em dezembro, sua marca monopoliza os carrinhos de praia que vendem o produto. São nove vendedores usando sombrero, o tradicional chapéu mexicano, entre Bertioga e São Sebastião.

    Os concorrentes lamentam. "Chegamos tarde. A gente podia fazer o mesmo, mas há um limite das prefeituras para cadastrar vendedores nas praias", diz o empresário Rafael Narciso, 29, dono de uma paleteria em Maresias.

    FOOD TRUCK COM DJ

    Foi na mesma praia que José Américo, o Tatá, 43, estacionou seu food truck. Ele fica até domingo (25) e faz planos de voltar para o Carnaval.

    O empresário tem uma hamburgueria na capital e pagou R$ 230 mil para modificar o carro que vende os produtos no litoral.

    À noite, turistas fazem fila em frente ao veículo, que tem até DJ. "Tem um pessoal querendo pegar carona nisso e estão montando muita tranqueira. De dez que estão fazendo, sete vão quebrar", diz.

    Ao contrário de Tatá, que prefere "carreira solo", a maioria dos food trucks se instalou em um espaço do condomínio Riviera de São Lourenço, em Bertioga, onde vendem de cervejas a comida vegetariana. Ao lado, foi aberta uma paleteria.

    A cliente Alessandra Alencar, 43, vê tanto o lado bom quanto o ruim da nova moda. "É caro demais, não é? Mas vale a pena".

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