O turista mineiro Diogo Correa, 19, foi encontrado morto na manhã deste domingo (25), por volta das 11h, num hostel em Copacabana, zona sul do Rio. Segundo o delegado adjunto da 12a DP (Copacabana), Eduardo Miranda, há suspeita de que a morte tenha ocorrido por overdose de droga.
Correa havia chegado ao Rio com dois amigos, na última sexta-feira (23). "Eles foram para praia na primeira noite na cidade tocar violão, fumar maconha e beber, quando um estrangeiro de sotaque espanhol, que não sabiam o nome, se aproximou e ofereceu oxicodona, um analgésico muito conhecido nos Estados Unidos", disse o delegado à Folha.
A oxicodona é um medicamento – com venda controlada – análogo à morfina, mas sua potência é duas vezes superior.
"Em seguida, o estrangeiro orientou como triturar, dissolver e aplicar a substância no reto para um efeito mais rápido", afirmou.
À polícia, um amigo de Correa, que diz ser estudante de medicina, contou ainda que eles injetaram a droga no reto na madrugada deste domingo, no albergue. "Disse que o amigo aplicou dois comprimidos da droga no reto e logo depois 'apagou' dormindo. Falou que ele usou só um e ficou preocupado monitorando Diogo durante a noite, mas quando acordou de manhã viu que o amigo estava sem batimentos cardíacos e chamou socorro", afirmou o delegado à reportagem.
Miranda destaca que é a primeira vez que registra um caso de uso de droga pelo reto. "De qualquer forma, ainda vamos confirmar se ele sofreu uma overdose. Vamos fazer perícia local e toxicológica na necropsia. Esses laudos devem ficar prontos de 15 a 30 dias", explicou.
Apesar do caso ter sido notificado na central de flagrantes da 12a DP (Copacabana), ele será investigado pela 13a DP (Ipanema). A Folha procurou o "Ehostel", onde o jovem foi encontrado morto, mas nenhum responsável quis se manifestar.
A reportagem também procurou familiares de Correa, mas ninguém foi localizado. No fim da tarde deste domingo, o corpo do estudante continuava no Instituto Médico Legal (IML) em São Cristóvão, zona norte da cidade.