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    Restaurante lucra entregando comida e bebida no mar

    LÍGIA MESQUITA
    ENVIADA ESPECIAL A BERTIOGA (SP)

    26/01/2015 02h00

    Um jet ski se aproxima de Kiki em alto mar. Seu tripulante desliga o motor e pede um maço de cigarro e a máquina de cartão para pagar.

    Minutos depois, outro pedido chega pela frequência de rádio: agora trata-se de uma porção de isca de abadejo. "Estamos numa [lancha] Triton 240, vinho e branca", informa o capitão.

    Kiki é o nome do bote-bar que começou a operar neste verão em Bertioga (SP), atendendo a uma clientela VIP: tripulantes de iates e lanchas que ancoram na praia Indaiá.

    O serviço é oferecido pelo restaurante Barcus, inaugurado em novembro na Marina Capital.

    Davi Ribeiro/Folhapress
    Restaurante Barcus, na praia do Indaiá em Bertioga, oferece pratos e prepara bebidas no mar, para iates e lanchas
    Restaurante Barcus, na praia do Indaiá em Bertioga, oferece pratos e prepara bebidas no mar

    Dentro do mar, com água até o pescoço e adornado com uma corrente espessa de ouro, Merson Nor, 60, recebe sua caipirosca de limão. Ela foi preparada na hora, com vodca importada, pelo barman Deyvd Santos, 25, de dentro do bote.

    É o terceiro "refil" que o barman de Kiki prepara para o advogado dono da lancha Vida Boa, na tarde deste domingo (25).

    "Já tinha visto esse serviço em Angra dos Reis, mas aqui é novidade. É uma mordomia que vale o preço", diz Nor, enquanto seu filho, Merson Junior, prepara um churrasco na lancha.

    Pelos três drinques pedidos, ele desembolsou R$ 100 (o restaurante cobra 14% de taxa para esse serviço).

    "No fim de semana eu preparo de 25 a 30 caipirinhas por dia. A gorjeta é boa", diz Santos, que já ganhou R$ 50 de um cliente assíduo.

    O rádio apita com um novo chamado e Alex Felix, garçom-capitão do bar flutuante, volta à areia para receber um carregamento de cerveja e gelo.

    A entrega é feita dois minutos depois no iate Prima Donna, onde um grupo de mais de dez amigos ouve música eletrônica.

    "A cerveja acaba e é só chamar pelo rádio. É sensacional, mas é carinho", diz o gerente Santiago Motta, 38, que alugou a embarcação.

    As mulheres também aprovam o delivery no mar. A empresária Mariana Gonçalves, 34, acha uma "maravilha" pedir sua "saladinha de palmito" no barco. "E quando as crianças ficam com fome, é só ligar. É luxo

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