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    'Carteirada' impede corte de árvore em calçada de Moema

    PAULA SAVIOLLI
    DE SÃO PAULO

    01/02/2015 03h10

    Uma manifestação de 80 moradores e a influência de autoridades impediram neste sábado o corte de uma árvore na esquina da alameda Jurupis com a avenida Jamaris, no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

    Entre os manifestantes encontravam-se o subprefeito da Vila Mariana, João Carlos da Silva Martins, o ministro do STJ Paulo Dias e o desembargador Paulo Alcides de Amaral, morador de um dos prédios da região e que iniciou o processo da cassação da autorização de poda.

    O terreno em que as árvore estão abrigava o Citibank Hall, fechado em 2012, e agora é o solo da construção de um empreendimento da incorporadora Esser.

    O protesto começou quando a construtora iniciou o corte de uma grande seringueira localizada na calçada –outras árvores dentro do terreno já foram podadas.

    De acordo com os moradores, as plantas começaram a ser serradas a partir das 8h. "Eu moro na cobertura do prédio ao lado do terreno e, da janela, não acreditei quando eu vi os galhos e troncos tombando", disse Joana Chama, 18, uma das manifestantes.

    Um vídeo gravado por Marcos Bandeira, 32, um dos moradores, mostra parte da manifestação e algumas árvores sendo cortadas.

    Veja vídeo

    Enquanto os manifestantes estavam na rua, do lado de dentro dos tapumes da construção as negociavam com advogados da empresa.

    "A documentação da Esser está em ordem, mas abri um inquérito civil para acionar as autoridades competentes a verificar a situação da poda", disse o subprefeito. "Por enquanto, o corte das árvores foi suspenso."

    Os manifestantes alegavam que a árvore não podia ser retirada pois, como ela se encontra na calçada, faz parte do patrimônio público. De acordo com a Polícia Ambiental, a construtora tem alvará para fazer a poda das árvores.

    Segundo os advogados da Esser, a construtora recebeu a contra-ordem clamada pelos oficiais, e a autorização para o corte foi cassada.

    A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente ainda não entregou o documento oficial da cassação.

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