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    São Paulo tem o dia mais chuvoso do ano; tempo vai continuar instável

    DE SÃO PAULO

    05/02/2015 21h23

    A cidade de São Paulo teve nesta quinta-feira (5) o dia mais chuvoso desde o início do ano. Segundo dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, foi registrado volume médio de 34,4 mm (milímetros) de chuva até as 19h, superando os 29,8 mm do dia 7 de janeiro.

    Apesar da média de chuva ter ficado em 34,4 mm, alguns bairros da capital paulista registraram volume bem maior, como São Miguel Paulista (91 mm), Santo Amaro (68,1 mm) e Campo Limpo (66,6 mm).

    No acumulado do mês, a capital paulista registrou 51,5 mm de chuva, o que corresponde a 24% dos 214 mm esperados para todo o mês de fevereiro. Pelos dados do CGE, durante o mês de janeiro, as chuvas atingiram volume médio de 187 mm, não atingindo o total esperado, que era de 262,5 mm.

    Na manhã desta quinta, a chuva deixou o trânsito acima da média, provocou alagamentos e chegou a fechar o aeroporto de Congonhas (zona sul) por 14 minutos. Nesta noite, dois alagamentos transitáveis ainda persistiam: na rua Miguel Yunes, região do M'Boi Mirim, e na rua João Alfredo, em Santo Amaro.

    A sexta-feira (6) ainda deve ter chuviscos durante a madrugada, mas o sol retorna entre nuvens durante o dia, o que favorece a elevação das temperaturas. Os termômetros ficarão entre os 19ºC e os 26ºC. No final da tarde, a nebulosidade aumenta e as chuvas retornam, em forma de pancada, que podem ser fortes.

    Zanone Fraissat - 02.fev.15/Folhapress
    Jovem caminha sob a chuva na região de Pinheiros (zona oeste); São Paulo tem o dia mais chuvoso do ano
    Jovem caminha sob a chuva na região de Pinheiros; São Paulo registra o dia mais chuvoso do ano

    RESERVATÓRIOS

    A chuva desta quinta também atingiu as represas do reservatório Cantareira, o que registra situação mais crítica entre os sistemas que atendem a região metropolitana de São Paulo. O volume registrado na região e o impacto no nível das represas, porém, só deve ser divulgado na sexta, pela Sabesp.

    O Cantareira registrava nesta quinta 5,2% de sua capacidade, que já inclui as duas primeiras cotas do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a terceira cota não deve ser usada no momento e "será importante para o inverno" –período mais seco.

    O Cantareira é o reservatório que mais tem se beneficiado com as chuvas desde início de fevereiro. Com a chuva de quarta, o sistema acumulou 10,4 mm de água. Até agora, o Cantareira acumula 54,8 mm de água -o que corresponde a 27,5% do volume esperado para este mês (199,1 mm).

    Integrantes do governo de São Paulo e da cúpula da Sabesp afirmaram que as negociações em torno da adoção de um rodízio de água avançaram. A discussão agora se daria em torno da abrangência. A tese que vem ganhando força é que ele fique restrito à área do sistema Cantareira.

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