A produtora cultural Maria Luiza Librandi, mais conhecida como Lulu Librandi, morreu nesta quinta-feira (5), aos 74 anos, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Segundo amigos, ela estava internada desde 7 de novembro com um quadro de infecção pulmonar, que se espalhou para o coração e os rins. A causa da morte, porém, não foi confirmada.
O velório será realizado a partir das 9h de hoje (6/2), no teatro Sérgio Cardoso. O enterro acontecerá no cemitério da Vila Alpina.
"Ela era muito ligada ao cinema, ao teatro, à literatura", conta Carlos Henrique Cotta, artista plástico amigo da produtora. "Ela se preocupava com os artistas, ligava para os diretores para dizer 'você tem que colocar fulano na peça'."
Lulu foi secretária internacional do Ministério da Cultura na gestão de Celso Furtado, de 1986 a 1988 —tendo realizado a mostra "Modernidade Arte Brasileira do Século 20", no Museu de Arte Moderna de Paris (1986)–, além de diretora da Funarte (Fundação Nacional de Arte) e do Centro Cultural São Paulo.
"Ela lutava muito por essa parte cultural, achava que o governo tinha que apoiar, que tinha que ter subsídio", acrescenta o amigo Cotta.
Ligada ao PSBD, fez intensa campanha nos bastidores para Aécio Neves, candidato à Presidência em 2014, incentivando artistas a votarem no tucano.
Publicou, em 2014, um livro sobre Isaurinha Garcia, de quem era amiga. Além da cantora de MPB, também era amiga de nomes como Raul Cortez, Maria Fernanda Cândido, Tônia Carrero e Ruth Escobar.
Deixa uma filha, Lili, e dois netos, de nove e 20 anos.