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    Crise da água

    'Rodízio é a próxima opção se reduzir pressão for insuficiente', diz secretário

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    06/02/2015 12h57

    O secretário estadual de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, afirmou nesta sexta-feira (6) que um rodízio será a primeira opção adotada pela gestão estadual caso a redução de pressão na distribuição de água não se mostre mais efetivo para enfrentar a crise hídrica.

    Em palestra a empresários e comerciantes, o secretário reconheceu que há limites para a redução de pressão e que as previsões meteorológicas para os próximos meses "não é das melhores", com poucas chuvas.

    "Em uma situação em que a redução de pressão não for capaz, a próxima opção é o sistema de rodízio. Agora, se vai ser implementado amanhã ou depois, não sei. Nós estamos estudando. Nós temos de estar preparados para uma situação difícil", afirmou.

    Guillaume Horcajuelo - 12.mar.2012/Efe
    O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga
    O secretário estadual de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, em março de 2012

    Ele ponderou, contudo, que se os meses de fevereiro e de março forem chuvosos, não faz sentido a adoção de um rodízio de água. "Se tivermos um fevereiro e um março com muita chuva, para que implantar um sistema de rodízio? Para incomodar as pessoas?", questionou.

    O secretário participou desta sexta-feira (6) do seminário "A Crise Hídrica e seu Plano de Contingência", na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

    O governo de São Paulo tem discutido nas últimas semanas que abrangência teria um rodízio de água, que poderá ser adotado já em abril. A tese que vem ganhando força é que ele fique restrito à área do sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas.

    Na estatal, há técnicos que defendem um racionamento mais amplo, para a região metropolitana, o que pouparia também o sistema Alto Tietê. O tema tem sido discutido em reuniões restritas no Palácio dos Bandeirantes.

    O entendimento é que seria preciso reduzir a captação do Cantareira em ao menos mais 5 mil litros por segundo para que ele possa resistir à estação de seca, a partir de maio. Hoje, são retirados 18,5 mil.

    RESERVATÓRIOS

    Após a cidade de São Paulo registrar o dia mais chuvoso do ano, a capacidade dos seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo ampliou nesta sexta-feira (6).

    Até as 19h desta quinta-feira (5), a média pluviométrica foi de 34,4 mm, superando os 29,8 mm registrados em 7 de janeiro, de acordo com dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura.

    Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress

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