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    Medicina da USP cria ouvidoria para receber denúncias de estudantes

    DE SÃO PAULO

    06/02/2015 18h40

    A FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) anunciou nesta sexta-feira (6) a criação de uma ouvidoria para receber denúncias, críticas e queixas de alunos e colaboradores da instituição.

    O novo canal de comunicação entre alunos e faculdade será coordenado pela socióloga Elisabeth Therezinha de Vargas e Silva, e também fará sugestões à instituição e buscar apoio jurídico, conforme os relatos de vítimas e testemunhas.

    Faculdade de Medicina da USP/Divulgação
    Socióloga Elisabeth Therezinha de Vargas e Silva, que vai coordenar nova ouvidoria, criada para receber denúncias, críticas e queixas de alunos
    Socióloga Elisabeth Therezinha de Vargas e Silva vai coordenar nova ouvidoria da Medicina da USP

    Em comunicado, a coordenadora da ouvidoria afirmou que o órgão será voltado a pessoas ligadas à faculdade e que "a principal característica do trabalho é o sigilo absoluto sobre a identidade de autores das denúncias, críticas e depoimentos e dos denunciados para manter a segurança de todos".

    A ouvidoria deverá elaborar relatórios que serão apresentados e discutidos pela diretoria e pela congregação da FMUSP para a tomada de providências sobre os fatos relatados pelos denunciantes.

    Segundo a faculdade, a socióloga já atuou como coordenadora no Conselho dos Direitos da Mulher e na Secretaria Executiva da Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos, ambos do Ministério da Justiça, e durante 13 ano foi assessora de projetos sociais e educacionais no Centro Ruth Cardoso, entre outras atividades ao longo de sua carreira.

    A criação da ouvidoria acontece após uma série de denúncias de abuso e violência sofridos e realizados por alunos. Uma CPI também foi criada na Alesp para investigar os casos.

    A comissão não divulgou o número de denúncias que chegaram da USP, mas a Folha contabiliza ao menos dois que foram relatados em audiências e não foram investigados pela universidade.

    Há duas semanas, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, pediu que os diretores da universidade reabram sindicâncias de suspeitas antigas de estupro na instituição que vieram à tona depois de denúncias.

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