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    Mesmo com ciclovia, frequência de uso de bicicletas cai em SP

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    09/02/2015 02h00

    O crescimento das ciclovias da cidade de São Paulo coincide com a diminuição da frequência de uso das bicicletas pelos paulistanos, mostra pesquisa Datafolha realizada entre os dias 3 e 5 de fevereiro deste ano.

    Na comparação com levantamento feito entre 16 e 17 de setembro do ano passado, oscilou o número de entrevistados que diz usar bicicleta todos os dias (10% para 6%), de três a quatro vezes por semana (12% para 10%) e de uma a duas vezes por semana (42% para 34%).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Entre os que afirmam recorrer às magrelas de cinco a seis vezes, o percentual estagnou nos 3%.

    Por outro lado, aumentou o número de pessoas que diz usar menos de uma vez por semana (23% para 33%). Entre os que não utilizam,a oscilação foi de 10 para 13%.

    Conforme a Folha mostrou neste domingo, caiu em 14 pontos a aprovação às vias exclusivas para bikes –de 80% favoráveis no levantamento de setembro, agora são 66%, enquanto os contrários saltaram de 14% para 27%.

    A queda na avaliação positiva das ciclovias também bate com o aumento da rejeição à administração do prefeito Fernando Haddad (PT) –os que consideram a gestão ruim ou péssima saltaram de 28% em setembro para 44%.

    A pesquisa de 2014 foi feita quando a cidade tinha ainda 78 quilômetros, três meses após do anúncio da pintura das primeiras faixas exclusivas. Hoje já são 204 quilômetros.

    Naquela ocasião, Haddad também mostrava popularidade em alta na comparação com 2013, ano dos protestos contra a tarifa. A taxa de reprovação havia despencado de 47% para 28%.

    A volta da queda na popularidade pode estar relacionada a algumas decisões administrativas.

    Entre elas, a alta no IPTU em 2015, após o prefeito brigar na Justiça pelo reajuste e a troca de subprefeitos técnicos para acomodar aliados políticos.

    Assuntos indiretos, como a crise da água e a rejeição ao PT em São Paulo também podem elementos que colaborem com o desgaste da imagem do petista à frente da prefeitura.

    DRAMAS PAULISTANOS

    De acordo com o Datafolha, os principais problemas da cidade hoje são os sistemas de Saúde e Transportes, 15% e 14%, respectivamente, seguidos por violência (9%).

    Na comparação com pesquisa de abril de 2013, primeiro ano da gestão Haddad, os três problemas também estavam no topo, com a diferença de que o item criminalidade vinha à frente, com 19%, junto com Saúde –Transporte era o principal drama da cidade para 13%.

    A falta de água entrou agora na lista, dividindo a terceira posição com segurança (9%).

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