• Cotidiano

    Thursday, 02-May-2024 05:15:08 -03
    Crise da água

    Governo inicia obras 'pré-rodízio' para garantir água em hospitais de SP

    FELIPE SOUZA
    FABRÍCIO LOBEL
    DE SÃO PAULO

    12/02/2015 02h00

    Como preparação para um possível rodízio de água na cidade de São Paulo, a Sabesp iniciou uma série de obras para garantir o abastecimento ininterrupto para locais como hospitais, delegacias, presídios e escolas.

    A solução técnica é fazer uma ligação direta entre as adutoras, que nunca secam, e os prédios escolhidos pelo governo como prioritários.

    As adutoras funcionam como grandes artérias que enviam água para reservatórios. De lá, a água segue por redes de tubulações menores que abastecem casas e prédios, mas também esses hospitais e presídios, por exemplo.

    As obras que a Sabesp tem feito agora pretendem cortar esse caminho numa ligação direta entre os prédios prioritários e as adutoras –que continuam com alta pressão mesmo em caso de rodízio.

    O hospital São Camilo, por exemplo, informou que a Sabesp fez uma obra desse tipo na unidade Pompeia (zona oeste) e ainda fará isso nos prédios do Ipiranga (zona sul) e de Santana (zona norte).

    A Folha presenciou uma dessas obras no hospital Samaritano, em Higienópolis (centro), nesta quarta (11).

    Um funcionário da empresa contratada pela Sabesp para fazer o serviço, e que pediu para não ser identificado, afirmou que será feita uma ligação de 370 metros do prédio até uma adutora. Serão 250 metros do hospital à praça Esther Mesquita e mais 120 de lá até a adutora, disse.

    Os dois hospitais informaram que as obras foram uma iniciativa da Sabesp.

    Os hospitais das Clínicas (centro) e Santa Marcelina de Itaquera (zona leste), por exemplo, já possuem esse tipo de ligação há décadas.

    Essa manobra, porém, pode danificar parte da tubulação desses prédios, já que a pressão direta pela adutora é muito maior que a suportada pelos encanamentos.

    Funcionários da Sabesp disseram à reportagem, porém, que esse tipo de operação não poderá ser feita em todas as escolas e prontos-socorros da Grande SP.

    Para esses casos, a Sabesp teria de providenciar um plano de abastecimento emergencial, contando com caminhões-pipa, por exemplo.

    A Sabesp diz que sempre priorizou escolas e hospitais.

    Luciano Veronezi/Editoria de arte/ Folhatress

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024