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    Crise da água

    Hidrômetro blindado é nova arma contra uso de ímã para furtar água

    DE SÃO PAULO

    14/02/2015 02h00

    Zanone Fraissat - 10.abr.2014/Folhapress
    Relógio blindado colocado pela Sabesp para barrar furto de água
    Relógio blindado colocado pela Sabesp para barrar furto de água

    Hidrômetro blindado. Essa é a mais nova arma da Sabesp no combate ao crescente uso do ímã para interferir no medidor e permitir o furto de água –uma das fraudes mais comuns no sistema de abastecimento paulista.

    O novo hidrômetro consegue evitar ainda outras irregularidades, como a inversão do medidor e o rompimento da cúpula do relógio, que, juntas, representam 60% das fraudes detectadas.

    Dados do governo apontam que no ano passado cerca de 2,6 bilhões de litros de água foram furtados em todo o Estado, suficientes para abastecer por um mês uma cidade com 260 mil habitantes.

    O super ímã consegue travar a engrenagem de um hidrômetro comum porque interfere no campo magnético, responsável pelo funcionamento dos ponteiros. Como o novo hidrômetro tem funcionamento mecânico, está imune aos efeitos magnéticos.

    Os novos equipamentos, em razão do alto preço (cerca de 30% superior ao do aparelho convencional), estão sendo colocados apenas em pontos considerados estratégicos pela empresa.

    Geralmente são lugares em que os funcionários da Sabesp já flagraram alguma irregularidade ou onde eles desconfiam que possa ter algum tipo de fraude, mas que ainda não foi descoberta.

    Assim, o número de equipamentos já instalados é insignificante em comparação ao total de consumidores de São Paulo.

    Todas as fraudes ao sistema de abastecimento de água são consideradas crimes e, assim, o responsável pelo imóvel pode ser preso em flagrante por furto.

    Desde o final de 2013, ao menos 147 pessoas foram detidas (precisam pagar fiança para deixar a cadeia) ou indiciadas por essa prática.

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