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    Maria Ivonne Carraro De Mendonça (1936-2015) - Entre trabalhos na igreja e de assistência social

    DE SÃO PAULO

    17/02/2015 00h00

    A fervorosa educação católica guiou os passos de Maria Ivonne Carraro de Mendonça durante seus 78 anos.

    Quando não podia emprestar sua força (e suas ideias) aos trabalhos assistenciais, já debilitada pelo mal de Parkinson, dedicava orações, conselhos e um ombro amigo a quem necessitasse.

    Encontrou em Ferdinando, rapaz também de família católica, um companheiro de vida e de auxílio ao próximo.

    Juntos, participaram ativamente da construção da paróquia de São Benedito, na zona sul paulistana, na década de 1960. Enquanto Ivonne angariava fundos (com bingos e outros eventos) para a abertura de uma creche, o marido, tesoureiro nas quermesses, andava pela cidade toda em busca de doações.

    Anos mais tarde, já morando em Brasília, participou da criação do hemocentro local. Com amigas, trabalhou para dar vida à primeira Associação de Voluntários de Doação de Sangue do país.

    Ainda na capital federal, o casal patrocinou a primeira missa dominical da extinta TV Brasília. A ideia era permitir que os fiéis impossibilitados de irem à igreja pudessem receber a comunhão espiritual em casa.

    Ativa, mesmo com o estado avançado da doença, diagnosticada no fim dos anos 80, fazia arranjos de flores para vender nos bazares católicos.

    Parte de tamanha devoção, dizia, devia-se a uma graça alcançada por intermédio de Nossa Senhora de Fátima, de quem era muito devota.

    Na terça-feira (10), deixou Ferdinando, depois de 56 anos de casamento, seis filhos, 17 netos e uma bisneta (mais dois estão para nascer).

    coluna.obituario@uol.com.br

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