As constantes chuvas neste mês de fevereiro, em especial na região do sistema Cantareira, fizeram os seis principais reservatórios da Grande SP recuperarem o volume de água de cinco meses atrás.
Ontem (17/2), juntos, Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande, Rio Claro e Alto Cotia operaram com 366 bilhões de litros de água, o equivalente a 19,6% da capacidade total desses seis mananciais.
A marca atingida ontem "recupera" o nível de 14 de setembro do ano passado, mas segue bem abaixo do quadro de um ano atrás, quando o volume total era de 645 bilhões de litros.
Além disso, o ritmo das chuvas em fevereiro, acima da média histórica para o mês, ainda não é suficiente para tirar o Cantareira, que atende 6,2 milhões de pessoas, de uma situação crítica.
Até agora, neste mês, choveu 228,4 mm no manancial, quando a média histórica para o mês é de 199,1 mm.
A expectativa do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é que o manancial siga nesse forte ritmo de recuperação (ontem operava com 8,3%) até o final de março, quando termina o período de chuvas.
Técnicos da Sabesp acreditam que, se o Cantareira chegar ao final de março com 10% de sua capacidade, já seria possível evitar a implantação de um rodízio na Grande SP.
Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress
O Cantareira, que abastece a zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital, opera atualmente com a segunda cota do volume morto -a reserva de água no fundo das represas.
Uma terceira cota poderá ser usada a partir de junho.
Ontem, além do Cantareira, que avançou 0,5 ponto percentual em relação ao dia anterior, os demais mananciais também registram alta.
O Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e da Grande São Paulo, passou de 14,6% para 15,2%
No dia 14 de dezembro, esse sistema passou a contar com a adição do volume morto de 39,5 bi de litros de água.
Assim como o Cantareira, o Alto Tietê também já registrou chuva acima do esperado antes do encerramento do mês.