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    Crise da água

    Rios abastecidos pelo Cantareira vão da seca à cheia em um ano

    DE SÃO PAULO

    19/02/2015 20h43

    A reportagem abaixo contém um Erramos; abaixo a versão corrigida:

    Depois de um período de seca em 2013 e 2014, o nível do sistema Cantareira vem subindo nas últimas semanas.

    Nesta quinta-feira (19), o sistema passou de 8.9% para 9.5% de sua capacidade, de acordo com relatório divulgado pela Sabesp.

    Nos últimos dias, o nível do reservatório tem crescido 0.6 ponto percentual diariamente. No primeiro dia de fevereiro, o nível estava em 5%.

    Um dos motivos para a recente alta é a chuva que, a nove dias do fim de fevereiro, já ultrapassou a média histórica para o mês.

    Essa alta se reflete também em rios abastecidos pelas águas do sistema Cantareira Os rios Piracicaba e Atibaia, por exemplo, foram da seca à cheia em um ano.

    O Piracicaba, 12 meses após sua pior seca em três décadas, subiu tanto que atingiu, na quarta (18), 4,32 m, preocupando as autoridades locais e deixando a cidade de mesmo nome (a 160 km de São Paulo) em estado de emergência -situação que passa a vigorar quando o nível do rio atinge 4,2 m.

    Veja vídeo

    Nesta quinta, o Piracicaba estava mais baixo, com 3,36 m, razão pela qual o estado passou a ser "de atenção".

    Já em Atibaia (a 64 km de São Paulo), o rio homônimo, que é afluente do Piracicaba, transbordou na quarta e nesta quinta, alagando ruas dos bairros Parque das Nações e Jardim Kanimar. De acordo com a administração municipal, é a primeira vez que o rio alaga desde 2011.

    Ontem, o rio tinha 3,4 m. De acordo com a Defesa Civil local, se o volume aumentar em 0.1 m, há risco de que a água invada casas.

    Os rios da região são monitorados pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e pelo Consórcio PCJ (Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

    A bacia PCJ é abastecida pelo sistema Cantareira, que fornece água para as regiões metropolitanas de Campinas (93 km de São Paulo) e São Paulo. Apesar da elevação dos rios e das represas, a situação do abastecimento de água ainda é considerada grave.

    A Folha mostrou nesta quinta que, nas projeções do governador estadual e da Sabesp, o rodízio de água será evitado se as chuvas conseguirem elevar o nível do sistema Cantareira a um patamar entre 13% e 14% até o final de março e se as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem.

    O governador Geraldo Alckmin, entretanto, negou a informação.

    "Não há nenhuma procedência nessa informação. Não há nem discussão sobre isso", disse o tucano.

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