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    Crise da água

    Sistema Cantareira sobe e atinge 10%, mas segue em situação crítica

    DE SÃO PAULO

    20/02/2015 09h38

    Com as constantes chuvas de fevereiro, o sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista, ganhou novo fôlego nesta sexta-feira (20) e continua a ampliar a sua capacidade.

    Segundo balanço divulgado pela Sabesp, o Cantareira avançou 0,5 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 10% de sua capacidade –que já inclui a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).

    As chuvas de fevereiro, acima da média histórica para o mês em alguns mananciais, têm ajudado a recuperar parte dos volumes dos seis reservatórios de água da Grande São Paulo. O sistema Cantareira, porém, segue em situação crítica e teria de atingir um distante 20,3%, por exemplo, só para preencher duas reservas do fundo das represas (chamadas de volume morto) e voltar ao ponto zero de seu volume útil.

    Conforme a Folha mostrou, as projeções do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e da Sabesp, o rodízio de água será evitado se as chuvas conseguirem elevar o nível do sistema Cantareira a um patamar entre 13% e 14% até o final de março e se, ao mesmo tempo, as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem.

    A principal obra para evitar um rodízio de água deve começar em março, segundo o tucano. Trata-se da interligação, por adutoras, entre os sistemas rio Grande, braço da represa Billings, e o Alto Tietê.

    Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress

    ALTO TIETÊ

    Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 17,8% de sua capacidade, após subir 0,6 ponto percentual em relação ao dia anterior.

    O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

    DEMAIS SISTEMAS

    A represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 57,1% de sua capacidade, após subir 0,3 ponto percentual.

    Já o reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 36,6% de sua capacidade, depois de ter alta de 0,4 ponto percentual.

    O sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 83,9% de sua capacidade –o mesmo índice observado no dia anterior. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 35% de sua capacidade depois de avançar 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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