Nicolas assim definia seu pai: uma mistura dos personagens Sherlock Holmes (de Conan Doyle), House (do seriado homônimo) e Yoda (do filme "Guerra nas Estrelas").
Isso porque o médico Wagner Weidebach investigava e resolvia casos extremamente difíceis e tinha grande espiritualidade —uma "força" digna de um mestre Jedi.
Especialista em imunologia e reumatologia, trabalhou na UTI dos hospitais Oswaldo Cruz e Sírio Libanês. Era conhecido por examinar detalhadamente seus pacientes.
Em datas especiais, sempre presenteava a mulher, Heloisa, com flores vermelhas.
Um dos passatempos favoritos do casal (de eternos namorados) era ir a bons restaurantes. As comemorações dos 25 anos de casamento, em 2009, incluíram um jantar no extinto El Bulli, do premiado chef espanhol Ferran Adrià.
Wagner compartilhava o gosto pelos bonecos de "Guerra nas Estrelas" com as obras de Dostoiévski —o filho mais velho, Alexei, leva o nome de um dos personagens de "Os Irmãos Karamázov".
Quando percebeu que não teria mais muito tempo de vida, devido ao câncer, passou a organizar sua despedida. Para a cremação, escolheu duas músicas do Queen.
No dia 19 de janeiro, fechou seu consultório —com retratos de Jesus Cristo, Gandhi e do médico e teólogo alemão Albert Schweitzer.
Morreu no domingo (15), aos 53. Corintiano fanático, foi cremado com a camisa do jogador Basílio. Deixa Heloisa, os filhos, os pais, Heinz e Marilena, e o irmão, Paulo.
A missa do sétimo dia será às 10h30 de hoje (21/2), na igreja São Domingos, em Perdizes, zona oeste paulistana.