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    País tem ao menos 41 mil cursos de especialização e MBA abertos

    FLÁVIA FOREQUE
    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    23/02/2015 02h00

    O Brasil possui uma oferta de ao menos 41.070 cursos de especializações e MBAs, de acordo com dados que fazem parte de uma radiografia inédita sobre a pós-graduação lato sensu em instituições privadas e federais do país.

    Até então, não havia dados disponíveis sobre essa etapa de ensino, com foco no mercado profissional. Isso porque a criação desses cursos não depende de autorização do governo federal –diferentemente dos cursos stricto sensu.

    Mas, diante da forte expansão, o Ministério da Educação criou um cadastro obrigatório para essas escolas.

    Os dados, preliminares, foram compilados pela Folha a partir desse levantamento. As instituições têm até o fim deste mês para cadastrar informações sobre os cursos em funcionamento.

    A partir de março, cursos não inscritos serão considerados irregulares, conforme prevê uma norma do MEC publicada na semana passada.

    Até aqui, os dados apontam que a oferta de especializações corresponde ao menos ao dobro de cursos de graduação disponíveis nas instituições particulares e universidades federais do país –são 27.167, de acordo com dados de 2013, os mais recentes disponíveis.

    PRESENCIAIS

    A maioria desses cursos, 92% do total, ocorre por meio de aulas presenciais. O restante funciona a distância, modalidade até então apontada como principal aposta para esta etapa de ensino.

    São Paulo é o Estado com a maior oferta de cursos –7.803 ao todo. Em seguida, estão os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    Questionado pela reportagem, o MEC informou que a finalidade do cadastro é mapear os cursos "na perspectiva da melhoria da oferta".

    "O cadastro é uma ferramenta operacional. O que pode mudar a qualidade é a regulação", afirma Erasto Fortes, presidente de uma comissão do Conselho Nacional de Educação que discute regras mais rígidas para esse tipo de curso.

    A expectativa é que o texto seja votado ainda no primeiro semestre deste ano.

    O objetivo é dar ao estudante, que chega a desembolsar cerca de R$ 30 mil por um curso, maior garantia sobre a qualidade das aulas.

    "Num mundo com tecnologias, modificações e informações que se multiplicam a cada dia, é necessário se atualizar sempre. Esses cursos estão aumentando porque há demanda", afirma Ivete Palange, consultora da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância).

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