• Cotidiano

    Sunday, 05-May-2024 21:08:08 -03

    Vídeos de agressão entre jovens são investigados pela polícia de Goiânia

    CARLA GUIMARÃES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GOIÂNIA

    24/02/2015 19h55

    A Polícia Civil de Goiânia investiga quem são os responsáveis por três vídeos, populares na internet, em que jovens agridem gratuitamente outros rapazes. A suspeita é que os autores da violência e das filmagens, assim como as vítimas, são adolescentes que estudam em colégios particulares de alto padrão.

    Em um dos vídeos, com mais de 6.000 acessos no You Tube, a câmera (possivelmente de um celular) é ligada no momento em que passa um jovem com uma sacola na mão. Ele é agredido com socos e pontapés por outro rapaz. Um terceiro aparece na cena, sem interferir na briga, e aparece filmando o que vê com seu celular.

    Em outro vídeo, este com quase 7.000 visualizações, a câmera acompanha o jovem com tipo físico muito semelhante ao do outro vídeo. Ele dá chutes nas costas de outro rapaz, o derruba no chão com uma rasteira e segue a machucá-lo, sem ninguém socorrer a vítima. No outro vídeo, a agressão, nos mesmos moldes, é filmada dentro de um shopping.

    Veja vídeo

    As imagens circularam pelo aplicativo de celular Whatsapp e são anteriores ao Carnaval, segundo a delegada Renata Vieira da Silva Freitas, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

    A mãe de uma das vítimas publicou uma mensagem em uma rede social denunciando a agressão. Ela já foi ouvida pela delegada e, a partir das informações da testemunha, a polícia investiga a identidade dos agressores e qual seria a relação deles com as vítimas.

    Três suspeitos foram identificados, todos menores de idade. Das três vítimas, duas de 15 anos foram localizadas pela delegada. "Mas eles ainda estão analisando se vão representar ou não. Como o crime depende de representação só vai ter investigação se for autorizado pelas famílias das vítimas", disse.

    Depois de as vítimas se manifestarem, o caso deve ser investigado, então, por outra delegacia, a Depai, que apura atos infracionais de adolescentes.

    Segundo a delegada do órgão, Tereza Daniela Nunes Ferreira Magri, apesar de ter visto no vídeo outras pessoas, ela não vê, em um primeiro momento, a ação de uma gangue.

    "A princípio não tem nenhuma situação de gangue só pela análise do vídeo. Por isso é importante ouvir a vítima para saber qual é a dimensão dessa ação, se foi a primeira vez e se tinha algum problema com o jovem que o agrediu".

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024