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    TCM vai apurar cumprimento de lei que prevê reaproveitar árvores em SP

    FELIPE SOUZA
    DE SÃO PAULO

    27/02/2015 12h10

    Apu Gomes - 20.jan.2015/Folhapress
    Funcionários da Subprefeitura da Lapa trituram galhos e troncos recolhidos ou podados
    Funcionários da Subprefeitura da Lapa trituram galhos e troncos recolhidos ou podados

    O Tribunal de Contas do Município de São Paulo vai abrir uma auditoria para investigar o cumprimento da lei Pampa (Programa de Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores). A decisão foi tomada pelo presidente do órgão, Roberto Braguim, após a Folha revelar há uma semana que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) descumpre a lei municipal que determina o reaproveitamento de árvores podadas, removidas e que despencam por causa das chuvas.

    De acordo com Braguim, a intenção é apurar se a prefeitura está adotando as medidas necessárias para melhorar reaproveitar o material. Será analisada a quantidade de galhos, troncos e folhas reciclados e transformados em adubo, matéria-prima para artistas e comércios, como pizzarias e padarias. Também será avaliado quanto desse material está sendo jogado no lixo.

    O TCM informou que, caso seja necessário fazer uma amostragem, ela deverá analisar ao menos 40% da área atendida pelo programa e deve ser concluída em 45 dias.

    O vereador Gilberto Natalini (PV) entrou com uma representação para que o Ministério Público para que a Promotoria também investigue o cumprimento da lei.

    Hoje, a maioria das árvores são levadas a um aterro sanitário. A gestão Haddad atribui a dificuldade em cumprir a lei a uma herança da gestão Gilberto Kassab (2008-2012), atual ministro das Cidades pelo PSD.

    A prefeitura diz que "nada foi feito" na época, enquanto a atual gestão implantou duas centrais de triagem de resíduos em cerca de dois anos. Kassab diz que o Pampa foi adotado "de forma experimental" em 2008 em ao menos três subprefeituras.

    Em 2014, a subprefeitura da Lapa (zona oeste), que possui triturador para transformar galhos e folhas em adubo, podou 4.800 árvores e removeu outras 850. Porém, apenas cerca de 10% do volume recolhido na região foi reaproveitado.

    A prefeitura prevê oito novas áreas de compostagem até 2016, com capacidade para processar 50 toneladas por dia cada uma. As duas primeiras devem ser entregues em 2015.

    BANCOS DE ÁRVORE

    A secretaria municipal do Verde e do Meio Ambiente anunciou nesta semana que vai começar a instalar em espaços públicos bancos produzidos com resíduos de árvores. O primeiro banco tem assinatura do designer Hugo França e será instalado no largo da Batata (zona oeste).

    Reprodução
    Lançamento do programa Mobiliário Ecológico, no largo da Batata, em São Paulo
    Lançamento do programa Mobiliário Ecológico, no largo da Batata, em São Paulo

    O artista possui peças no parque Ibirapuera, nos Estados Unidos e em Inhotim (MG).

    A ideia do programa "Mobiliário Ecológico" é reaproveitar os resíduos derivados de árvores em áreas públicas, como parques e praças. O programa vai também ampliar a oferta de espaços de convivência e transformar a ação em educação ambiental.

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