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    Consórcio deve confirmar até sexta se retoma obra da linha 4 do metrô de SP

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    02/03/2015 13h30

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), definiu a próxima sexta-feira (6) como o prazo para que o consórcio Isolux Córsan-Corviam informe se retomará as obras da segunda fase da linha 4-amarela do metrô paulista.

    Por causa de atrasos, a administração paulista tem ameaçado rescindir o contrato com o consórcio vencedor, o que atrasará a entrega de estações que eram programadas para este ano.

    Segundo o governo estadual, o consórcio espanhol tem apresentado problemas como a redução do número de funcionários, a falta de equipamentos e a carência de insumos para conclusão das obras.

    Danilo Verpa/Folhapress
    Operários nas obras da estação Oscar Freire, nesta quinta
    Operários nas obras da estação Oscar Freire, nesta quinta

    Caso ele deixe o projeto de expansão da linha 4-amarela, o Banco Mundial, que é o financiador da obra, decidirá se chamará as segundas colocadas no processo de licitação ou se abrirá um novo processo licitatório.

    Na próxima segunda-feira (9), uma expedição do Banco Mundial viajará à capital paulista para discutir a questão. A rescisão do contrato depende do aval da instituição financeira internacional.

    "A sexta-feira é o prazo que tem o consórcio para apresentar a proposta de retomada e sua viabilidade. O Banco Mundial está acompanhando. Se retomar a obra, será ótimo. Se não retomar, rompe o contrato, faz nova licitação ou chama as segundas colocadas", afirmou.

    Caso seja rescindido o contrato, a entrega das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia vai atrasar –a conclusão das duas primeiras está prevista para este ano; as outras duas, para 2016.

    As obras da segunda fase da linha 4-amarela foram iniciadas em 2012, com contratos de R$ 559 milhões no total. Até o momento, foi entregue apenas a estação Fradique Coutinho, em novembro.

    Os dois lotes vencidos pelo consórcio espanhol incluem a construção das quatro estações, de pátios e túneis e a extensão de trilhos em direção a Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

    Procuradas pela Folha, as empresas Tiisa (brasileira) e Comsa (espanhola), que ficaram em segundo lugar na licitação do primeiro lote, informaram que caso o contrato vigente seja rescindido, têm "interesse em analisar as possibilidades e condições de assumir a complementação das obras".

    As empresas brasileiras CR Almeida e Consbem, que ficaram em segundo lugar no segundo lote, disseram que ainda não foram contatadas pela gestão estadual, mas que "a proposta poderá ser analisada".

    ATRASOS

    Segundo o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, já foram aplicadas duas multas e enviadas 30 notificações ao consórcio espanhol.

    De acordo com ele, a multa por rescisão poderá chegar a até 30% do valor dos contratos. "O melhor seria que o consórcio vencedor conseguisse retomar a obra, o que é muito pouco provável", disse.

    A previsão do secretário estadual é que um novo processo de licitação seria aberto no final deste semestre, com o ganhador anunciado no final do ano.

    Nesse caso, as estações São Paulo-Morumbi e a Vila Sônia, que eram esperadas para o ano que vem, seriam entregues apenas em 2017 ou 2018.

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