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    Crise da água

    Sabesp entregou 700 das 25 mil caixas-d'água prometidas para amenizar crise

    DE SÃO PAULO

    02/03/2015 21h20

    A Sabesp entregou, até esta segunda-feira (2), 700 das 25 mil caixas-d'água que havia prometido a famílias de baixa renda sem reservatório em casa.

    A empresa informou que está intensificando as entregas e que a meta é distribuir as 25 mil unidades até junho.

    As caixas-d'água -com capacidade para 500 litros– são destinadas a famílias que têm renda mensal de até três salários mínimos e fazem parte do programa "Se economizar, não vai faltar".

    Após receber a unidade, o morador recebe de técnicos da Sabesp material e instruções sobre como proceder com a instalação, que cabe ao beneficiário.

    Um mês depois, funcionários da companhia voltam ao local para verificar as condições da instalação.

    Até agora, houve entregas de caixas-d'água no bairro Jardim Régis, em Interlagos (zona sul), em São Miguel Paulista (zona leste), em Santana e na Freguesia do Ó (zona norte), em Pirituba (zona oeste) e em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo.

    No último dia 19, a Sabesp anunciou uma parceria com a Defesa Civil para distribuir os reservatórios e minimizar o impacto da crise hídrica na periferia., a Sabesp firmou um convênio com a Defesa Civil.

    Mesmo sem a adoção de um rodízio de água oficial, algumas regiões ficam dias com as torneiras secas porque a pressão reduzida não consegue levar a água até as extremidades e áreas mais altas da Grande São Paulo.

    SISTEMA CANTAREIRA

    Nesta segunda, o nível de todos os reservatórios que abastecem a Grande São Paulo voltou a subir.

    O sistema Cantareira, por exemplo, opera com 11,7% de sua capacidade.

    O Cantareira abastece 6,2 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

    Desde julho de 2014, em meio à grave crise hídrica, o governo paulista utilizou duas reservas do fundo da represa, conhecidas como volume morto. Esse volume, no Cantareira espalhado em três diferentes represas, é a porção que fica abaixo das tubulações que captam água. E, para ser utilizada, precisa ser bombeada.

    A segunda cota do volume morto, de 105 bilhões de litros, começou a ser usada em novembro. Na terça-feira (24), quando o sistema atingiu 10,7% de sua capacidade, o equivalente a ela foi recuperado. Já a primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, talvez somente possa ser recuperada em um ou dois anos. Isso ocorrerá quando o nível do manancial atingir 29,2%.

    OUTROS SISTEMAS

    Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 18,8% de sua capacidade, após subir 0,2 ponto percentual.

    O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

    O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, avançou de 61,3% para 62,3%,

    O reservatório Rio Grande, que atendem a 1,5 milhão de pessoas, subiu 0,3 ponto percentual e opera agora com 85,7%. Já o reservatório Rio Claro, que também atende 1,5 milhão de pessoas, avançou 0,1 percentual. O sistema opera com 38,3%

    O sistema Alto Cotia também teve melhora passando de 40,7% para 40,%. O reservatório fornece água para 400 mil pessoas.

    A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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