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    Ministério pretende retomar parceria com escolas para vacina do HPV

    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    04/03/2015 02h00

    Sem conseguir atingir a meta da segunda etapa de vacinação contra o HPV, o Ministério da Saúde pretende retomar a parceria com escolas em nova campanha nacional, segundo a Folha apurou.

    Inicialmente, o governo esperava vacinar 80% das adolescentes de 11 a 13 anos até dezembro. No entanto, até esta terça (3), apenas 58% das meninas dessa faixa etária haviam tomado a segunda dose da vacina, que protege contra câncer de colo de útero.

    Na primeira etapa, quando houve parceria com as escolas, 100% das meninas foram imunizadas.

    O ideal, para a vacina ser mais eficaz, é que a segunda dose da vacina seja ministrada em até seis meses após a primeira –especialistas recomendam que o prazo máximo não ultrapasse um ano.

    Em alguns municípios, como São Paulo, a parceria com escolas já está confirmada. O agendamento começa no dia 10. Agora, o governo quer estender a medida, por meio do Ministério da Educação, para escolas de todo o país.

    O objetivo é proteger as meninas contra o câncer de colo de útero, uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil.

    De acordo com Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, para garantir a redução da circulação do vírus e a vacina ser eficaz, é necessário que todas as doses sejam ministradas. "Precisamos garantir que as meninas que começaram o esquema vacinal terminem", afirma.

    O Ministério da Saúde não comentou os motivos da baixa cobertura vacinal na segunda etapa.

    A campanha nacional de vacinação contra o HPV deve ser lançada na próxima semana. Além das meninas de 11 a 13 anos que ainda não receberam a segunda dose, serão ofertadas vacinas para garotas de 9 e 11 anos.

    Outra novidade será a extensão da vacina para 33 mil meninas e mulheres no país de 9 a 26 anos com HIV/Aids.

    Esse grupo é considerado mais suscetível a complicações decorrentes do HPV.

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