Responsável pela assinatura dos repasses, o secretário municipal de Esportes, Celso Jatene (PTB), disse que uma nova auditoria nos convênios foi iniciada ontem (3/3).

Outras cinco, segundo ele, já foram realizadas pela Controladoria do município.

Indagado pela Folha acerca dos exemplos encontrados pela reportagem, o secretário disse que, a partir de agora, as entidades precisarão ter no mínimo dois anos de existência para serem contratadas.

O secretário, licenciado do cargo de vereador, nega influência de parlamentares.

Segundo ele, dos R$ 52 milhões reservados para convênios em 2014, cerca de R$ 35 milhões foram pagos –sendo R$ 10 milhões por meio de emendas dos vereadores.

Também procurada, a assessoria do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou que o modelo de convênios foi desenvolvido para oferecer à população atividades esportivas de diversas modalidades. Diz que houve auditorias e "rigorosa prestação de contas".

Já o vereador Aurélio Miguel (PR) afirmou que ele apenas dá "apoio técnico" e encaminha, por meio de emendas, as reivindicações de entidades que considera justas.

Em 2014, o judoca indicou emendas para esse tipo de convênio num total de R$ 2 milhões –com verba aprovada para 37 eventos esportivos, totalizando R$ 1,8 milhão. Procurado, o secretário estadual de Esportes, Jean Madeira (PRB), não respondeu.

O Instituto de Incentivo aos Esportes diz que a troca do local de atividades justifica o evento esvaziado em Interlagos. Feplam e Mais Esporte dizem cumprir as normas. Diretores do Mefibosete e Esporte e Vida não foram localizados.