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Jornalista e ativista, Henny Freitas, 33, é presença constante no terreno em que os manifestantes reivindicam a criação do parque Augusta, no centro de São Paulo. Após passar cinco anos viajando por países da América Latina estudando formas sustentáveis de vida em comunidade, conheceu o parque e o movimento ao voltar para o Brasil.

Não deixou mais de frequentar e aos poucos se envolveu na luta pela criação do parque e manutenção da área verde no centro da maior cidade do país.

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Folha -Desde quando você frequenta o parque?
Henny Freitas - Desde 2013, quando ele ainda estava aberto. Todo o ano de 2014, o portão estava fechado. A gente se articulava do lado de fora, já como Organismo Parque Augusta (OPA), buscando maneiras de viabilizar a entrada e o acesso ao bosque que é garantido por lei. No começo do ano quando alguns moradores encontraram o portão aberto, entramos já com o propósito de fazer uma vigília criativa.

Que ações desenvolveram aqui dentro?
Fizemos inúmeras oficinas de permacultura, duas cisternas para captar água da chuva, recebemos a doação de um painel solar, plantamos 200 árvores, fizemos oficinas para crianças, shows e mutirões de limpeza.
Uma das primeiras medidas foi registrar todo esse local com a ajuda de biólogos para fazer um laudo para determinar os crimes ambientais e o descaso com a mata aqui dentro no período que o portão estava fechado. É a última área verde livre dentro do centro de São Paulo.

O que vocês querem para essa área?
Um dos objetivos dessa vigília é fazer desse lugar um protótipo da 'zona zero'.

O que é isso?
É uma área com zero construção. Significa zona especial de regeneração orgânica.

Como vocês estão se articulando para isso?
Estamos nos articulando para que seja um projeto de lei. Levamos para as audiências do Plano Diretor no ano passado essa proposta e agora estamos nos articulando mais massivamente para que isso aconteça.