Um intenso processo de recuperação, modernização e melhor aproveitamento de 27 fontes, chafarizes e espelhos-d'água espalhados por São Paulo começa a ganhar corpo.
O projeto terá início pela fonte do Largo da Memória, pelo Monumento a Carlos Gomes e pela fonte Monumental, todos na região central.
A prefeitura não informa oficialmente o custo de toda a repaginação, mas há estimativas de cerca de R$ 98 milhões -R$ 5,6 milhões apenas para primeira fase.
Para arrecadar parte dos recursos, a participação da iniciativa privada, por meio da "adoção" de monumentos em troca de publicidade, é tida como essencial pela gestão Fernando Haddad (PT).
Ernesto Rodrigues/Folhapress | ||
Fonte do Largo da Memória (centro) será umas das primeiras a serem recuperadas em SP |
"A memória da cidade e a valorização de seu patrimônio são absolutamente fundamentais para o futuro de uma sociedade. Mas, frente a tantas necessidades que temos na administração pública, vamos buscar o apoio do setor privado", afirma o secretário municipal da Cultura, Nabil Bonduki.
O DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), com a ajuda de entidades como a PUC-SP, traçou um panorama das 27 obras artísticas que usam água e mapeou as necessidades de restauração, limpeza, obras de melhoria e de acessibilidade, além de possível modernização.
A intenção é que, junto às instalações, que teriam recursos de reúso de água e captação de chuva, haja internet sem fio e totens interativos.
As fontes se tornarão também palco de manifestações artísticas, culturais e educativas, de acordo com o DPH.
Uma camada de proteção especial, usando nanotecnologia, deverá ser aplicada nas fontes e chafarizes para minimizar o impacto de possíveis pichações.