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    Crise da água

    Chuvas fazem reservatórios subir; nível do Cantareira chega a 15%

    DE SÃO PAULO

    16/03/2015 09h33

    Ainda em situação crítica e com pouco fôlego para abastecer parte da Grande SP no próximo período seco (abril a outubro), o Cantareira voltou a subir nesta segunda-feira (16) e opera agora com 15% de sua capacidade –no domingo (15), estava com 14,6%.

    O índice atual do reservatório já inclui a água do volume morto (aquela localizada no fundo do reservatório). Para recuperar toda essa "reserva técnica" e voltar a operar apenas com seu volume útil, o manancial precisa chegar aos 29,2% de sua capacidade –o que somente pode ocorrer, numa visão otimista, no verão 2015/2016.

    A chuva de março têm contribuído para a melhoria do reservatório. Até agora, choveu 147,9 mm nas represas do sistema, quando a média histórica para o mês é de 178 mm.

    O Cantareira abastece 5,6 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

    Conforme a Folha mostrou na quinta-feira (12), ao atingir 14% já é praticamente descartada a possibilidade de rodízio de água neste ano.

    Para escapar do rodízio, o governo aposta na interligação da água do sistema Rio Grande (um braço da represa Billings que abastece o ABC paulista) até o sistema Alto Tietê, que fornece água principalmente à região leste da região metropolitana.

    Com isso, seria possível tirar água de um reservatório que está com um bom volume de água (Rio Grande) e levá-lo até outro sistema, com pouca água (20,4%) mas com grande capacidade de tratamento (Alto Tietê).

    Essa e outras obras têm como objetivo diminuir cada vez mais a área atendida pelo Cantareira e evitar o colapso do sistema que abastece hoje 5,2 milhões de pessoas (ele já chegou a atender 8,8 milhões).

    Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress

    OUTROS RESERVATÓRIOS

    De acordo com dados da Sabesp, o nível do reservatório Alto Tietê opera com 21,8% de sua capacidade, registrando alta de 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior.

    O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

    O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, chegou a 75,8%. No domingo, o índice era de 74,7%.

    O reservatório Rio Grande, que atende 1,5 milhão de pessoas, subiu para 98,1% após subir 0,3 ponto percentual.

    Já o reservatório Rio Claro, que também atende 1,5 milhão de pessoas, ficou estável e opera com 40,4%.

    O sistema Alto Cotia subiu para de 54,7% para 54,9%. O reservatório fornece água para 400 mil pessoas.

    A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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