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    SP vai avaliar se delegacia que apura menos precisa de mais recurso

    TANIA CAMPELO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

    27/03/2015 13h56

    O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira (27) que vai verificar a necessidade de enviar mais recursos para as delegacias que apresentam baixo índice de investigação de roubos.

    A declaração foi dada após uma reportagem da Folha revelar que, nas dez delegacias que mais registraram roubos na capital paulista em 2014, apenas 3% dos casos foram investigados. Os dados foram obtidos pelo instituto Sou da Paz por meio da Lei de Acesso à Informação.

    "Vamos verificar nas delegacias específicas, onde há índices abaixo da média, se há necessidade de implementação maior de recursos", disse o secretário, durante evento de entrega de um helicóptero na cidade de São José dos Campos. Moraes não deu detalhes sobre o tipo de recurso nem respondeu qual seria o índice ideal de abertura de inquéritos.

    O secretário também foi questionado se o baixo índice de investigação não desestimularia as vítimas a registrar uma ocorrência, mas não respondeu. Ele ressaltou que nem todos os boletins de ocorrência devem virar inquéritos e citou como exemplo o roubo de vários celulares pelo mesmo criminoso.

    "Não há necessidade de se burocratizar abrindo um inquérito para cada caso específico de roubo ou furto, o que não significa que não haja investigação", afirmou.

    Editoria de Arte/Folhapress

    CRISE HÍDRICA

    Durante o evento, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não quis comentar o assunto. Questionado sobre outra reportagem da Folha, que apontou uma queda de 53,1% no lucro da Sabesp em meio à crise hídrica do ano passado, Alckmin disse que considera a redução "normal" e que não acredita que possa afetar projetos futuros ou em andamento.

    "A Sabesp é uma empresa capitalizada e tem alto nível de investimento. A queda é natural, é óbvio, a Sabesp vende água, teve menos água, então o resultado financeiro é menor. Mas isso não vai afetar os projetos da empresa, não vai agravar a crise hídrica", afirmou.

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