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    Taxistas fazem nova carreata para pedir mais segurança em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    27/03/2015 16h39

    Um grupo de taxistas voltou protestar, na tarde desta sexta-feira (27), por várias regiões de São Paulo para pedir mais segurança. Esse é o terceiro ato da categoria desde a morte de um motorista de táxi, no último dia 22, na Brasilândia, na zona norte de São Paulo.

    Uma comissão, formada por dez taxistas, se reuniu com o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Nessa reunião, foi definido que a categoria vai formar uma comissão permanente, que se reunirá a cada 15 dias com representantes do governo para fazer uma mapeamento das regiões mais perigosas.

    "Infelizmente perdemos um colega, mas hoje conseguimos ser ouvidos e mostrar ao secretário os problemas que os taxistas estão enfrentando", afirmou Antonio Matias, conhecido como Ceará, presidente do Simtetaxi (sindicato da categoria).

    Levantamento feito pelo sindicato aponta 567 assaltos a taxistas desde 2013 na capital paulista, sendo 24 com mortes violentas ao volante.

    "A falta de segurança é enorme, principalmente, para quem trabalha à noite. Você até tenta falar com policiais sobre alguma movimentação estranha durante a noite, mas eles nem se incomodam em verificar. O Brasil está largado, São Paulo está largado", afirmou Claudio Oliveira, 43, taxista há 15 anos. Ele atualmente tem ponto fixo na frente do Hospital Sírio Libanês.

    Na carreata desta sexta reuniu em torno de 200 taxistas, segundo estimativa da PM. A organização, no entanto, aponta que esse número chegou a 400. O grupo iniciou o protesto ainda no início da tarde na praça Charles Miler, no Pacaembu, e terminou na frente da SSP (Secretaria de Segurança Pública), na rua Líbero Badaró.

    No dia 23, o ato terminou na avenida Paulista e reuniu em torno de 400 taxistas, segundo o movimento. Já no dia 22, foram em torno de 50 na carreata que saiu da Freguesia do Ó até a avenida Paulista.

    CRIME

    Wanderley Pereira Nunes, 52, foi morto com um tiro na cabeça em uma tentativa de assalto na manhã de domingo na Brasilândia. Os passageiros que estavam no carro ficaram feridos, já que o veículo bateu em um poste após o motorista ter sido baleado.

    O taxista vinha da avenida Paulista com um homem e uma mulher quando foram abordados por dois homens em uma moto preta, por volta das 5h30. Segundo o relato das vítimas, um dos homens anunciou o roubo e disparou a arma antes que eles pudessem entregar seus pertences. O tiro atingiu a cabeça do taxista.

    Após o tiro, o carro seguiu desgovernado até bater em um poste. Nunes foi levado ao hospital Mandaqui, mas não resistiu aos ferimentos, enquanto os passageiros foram atendidos no hospital Metropolitano.

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