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    Crise da água

    Desabastecimento suspende as aulas em comunidade rural baiana

    MÁRIO BITTENCOURT
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA DA CONQUISTA (BA)

    28/03/2015 02h00

    Uma das comunidades rurais onde as falhas no abastecimento vêm se agravando é a Bate Pé, a 20 km do centro de Vitória da Conquista, com cerca de 2.000 pessoas.

    A única escola local, que atende 896 alunos, e o posto de saúde não funcionam há uma semana devido à falta de água. Os reservatórios das residências estão vazios.

    "Tem 16 dias que o carro-pipa não vem. Semana passada, a gente teve aula com os últimos 200 litros de água que restavam", diz o diretor da escola municipal, Davino do Nascimento Silva. "Isso me gera tanto problema que estou pensando em deixar o cargo".

    O diretor afirma ainda que, para economizar água, os alunos recebem apenas merenda "que não suje nada".

    Leodina Oliveira Lima, 50, diz que recorre à água de um poço que sai em uma torneira colocada na rua. "Essa água não dá nem para tomar banho porque o corpo da gente fica todo branco", afirma.

    A diarista contribuiu com uma "vaquinha" de R$ 300 para comprar a torneira e uma mangueira para o local, um ano atrás. A localidade é abastecida em parte com água encanada da Embasa, mas nem com ela os moradores de Bate Pé podem contar.

    "A água da Embasa tem um mês que não cai. Só temos como opção uma água de poço salobra da rua e que só serve para usar no banheiro", reclamou a dona de casa Maria de Lourdes, 55.

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