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    Renata Amazonas Castello Branco (1955-2015) - Mais de três décadas de retratos

    DE SÃO PAULO

    28/03/2015 00h01

    "Sempre me dediquei a fotografar gente. Gente como a gente, gente em publicidade, empresários, políticos." Na apresentação de projetos ou mesmo em sua página no Facebook, Renata Castello Branco logo deixava claro sua predileção por retratos.

    Foi registrando rostos (anônimos ou não) que fez carreira na publicidade. Com Chico Albuquerque, um mestre na área, aprendeu a arte da iluminação e desenvolveu o amor pelos retratos, dizia.

    Renata pegou uma câmera na mão pela primeira vez ainda adolescente. Do outro lado da lente, as inscrições rupestres de Sete Cidades, no Piauí, terra natal de seu pai, Renato. Era, aliás, formada em história pela USP.

    De lá pra cá, foram mais de 30 anos recebendo personagens "públicos e privados" em seu estúdio. Na década de 80, ajudou a fundar a então Associação Brasileira dos Fotógrafos de Publicidade.

    Dedicou-se ainda a nus e fotografias de viagem. Imagens sobre a rota da seda foram impressas no próprio tecido.

    Em 2008, produziu seu primeiro trabalho autoral sobre comunidades carentes: "Heliópolis" —favela paulistana onde passaria oito meses.

    Quatro anos mais tarde, foi a vez de Paraisópolis. Do interior de cem casas, os registros deram origem a "Paraisópolis - Uma Cidade Dentro da Outra" e a exposições.

    "Comunidades da Serra do Mar" foi uma de suas últimas produções, que agora deve ganhar um livro póstumo.

    Há cerca de um mês, descobriu um tumor na cabeça. Morreu ontem (27/3), aos 59. Deixa o viúvo, Carlos, os filhos, Martin e Bárbara, de outro casamento, a mãe, Norma, e os irmãos, Renée e Hiran.

    coluna.obituario@uol.com.br

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