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    Crise da água

    Cantareira sobe, mesmo sem chuva há 6 dias; sistema segue no volume morto

    DE SÃO PAULO

    29/03/2015 16h52

    Mesmo após seis dias seguidos sem chuvas, o nível do Cantareira voltou a ter alta neste domingo (29). Segundo informações da Sabesp, os reservatórios que compõem o sistema estão com 14,5% de capacidade, 0,1 ponto percentual a mais do que o registrado no sábado (28).

    Esse valor é baseado em um cálculo que utiliza a quantidade total de água no determinado dia e a capacidade total do Cantareira (de 1,3 trilhão de litros), que inclui volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

    O Cantareira abastece 5,6 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista. Eram cerca de 9 milhões antes da crise. A diferença passou a ser atendida pelos outros sistemas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    OUTROS RESERVATÓRIOS

    Mesmo com tempo seco, outros quatro reservatórios que abastecem a Grande São Paulo ficaram com o nível do volume estável em comparação ao dia anterior. Alto Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, continuou com 64,4%. O nível do Rio Claro também manteve os 43,7% do dia anterior.

    Responsável por 4,5 milhões de moradores na região leste da capital e Grande São Paulo, o reservatório Alto Tietê também manteve seu volume, com 22,9% neste domingo. Nesse valor está incluído o volume morto, que gerou 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

    A represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, também manteve o nível em relação ao dia anterior, com 85% da capacidade de armazenamento.

    O único reservatório que registrou queda neste domingo foi o Rio Grande, que registra 97,3% da capacidade contra 97,6 do dia anterior.

    A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.e 24 horas: das 7h às 7h.

    CLIENTES ATENDIDOS

    Antes do início da crise da água, o Cantareira abastecia cerca de 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Agora, a clientela recuou para 5,6 milhões, já que parte foi socorrida por outros mananciais como o Alto Tietê e o Guarapiranga.

    A expectativa do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é que o Cantareira consiga atravessar o período seco, de abril a setembro, sem a necessidade de implantar um rodízio drástico para os moradores atendidos pelo sistema.

    O governo dará continuidade neste ano ao racionamento implantado por meio da redução da pressão usada para distribuir a água pelos encanamentos.

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