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    Homem diz que não se arrepende de ter matado e decapitado jovem

    DE SÃO PAULO

    30/03/2015 10h34

    O ajudante-geral de 23 anos que confessou ter matado e decapitado a namorada disse em depoimento à polícia que Shirley Souza, 16, "merecia morrer" por ter traído a sua confiança.

    "Ela disse que me traiu e daí não aguentei e enforquei ela (sic)", disse o relato do suspeito, José Ramos dos Santos, no boletim de ocorrência.

    Santos também disse que não sente arrependimento pelo crime. O crime aconteceu na quinta-feira (26). Somente no sábado (28) Santos se apresentou à polícia levando a cabeça da vítima em uma mochila.

    O suspeito disse ainda que desconfiou da traição após a confirmação da gravidez da vítima. Segundo Santos, a carteirinha do posto de saúde estava que a última menstruação da jovem tinha sido em agosto, época que eles estavam separados. Eles estariam juntos há um ano.

    A Secretaria da Segurança Pública informou que o corpo de Shirley Souza, 16, foi encontrado por moradores em uma viela próxima à rua Manuel Rodrigues Mexelhão, na Pedreira, por volta das 19h30 deste sábado (28). Quando soube que o corpo foi localizado, Santos buscou a cabeça na casa dele para levá-la à polícia.

    Segundo os policiais, Santos embarcou em um ônibus com destino ao centro com a cabeça da vítima e confessou o crime no 1º DP (Liberdade). No local, ele mostrou a cabeça e disse que matou a adolescente após ela assumir que o traiu.

    O corpo decapitado foi encontrado por policiais militares nu, enrolado em um lençol e com as pernas amarradas com fios plásticos.

    COMO FOI O CRIME

    Santos afirmou em depoimento que se encontrou com a namorada na última quinta (26) na casa onde ele mora com o irmão. Eles tiveram relações sexuais e depois passaram a discutir sobre as possíveis traições de Shirley. A namorada, então, confessou ter se relacionado com um amigo do casal às vésperas do Natal e do Ano Novo.

    Após ouvir o relato, Santos contou que aproveitou que ela entrava no banho para aplicar uma gravata, até ela desmaiar.

    Ao notar que ela estava morta, Santos foi até a cozinha, pegou uma faca e cortou o pescoço da vítima até arrancar a cabeça. Depois, enrolou a cabeça em um saco plástico e a guardou dentro de uma mochila. O corpo foi enrolado em um edredom e escondido atrás de um botijão de gás, com os pés e tronco amarrados.

    Após o crime, o suspeito relatou ter limpado a casa para que o irmão dele não desconfiasse. Também jogou a roupa suja no lixo, lavou o sangue da faca e a guardou novamente, junto com os demais talheres.

    O corpo só foi retirado da casa dois dias depois, após o irmão de Santos reclamar de um mau cheiro na casa. Foi quando o homem jogou o corpo debaixo da escada de uma viela.

    A Folha não encontrou o advogado de defesa de Santos. O caso também será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

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