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    Massimo Gentile (1962-2015)

    Mortes: Homem tipográfico transformou letras e sinais em arte

    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    01/04/2015 00h00

    Morreu nesta segunda (30), aos 52, em Gênova, o designer gráfico italiano Massimo Gentile, em decorrência de um mal-estar súbito. Ele era diretor de arte do jornal "Il Secolo XIX". Do final dos anos 1990 a 2006, foi editor de "Arte" da Folha, onde ajudou a criar o projeto gráfico do jornal que vigorou até 2010.

    Gentile, que continuou colaborando com a Folha até o ano passado, nasceu em Roma em 16 de maio de 1962. Depois de estudar na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade La Sapienza, na capital italiana, ele iniciou sua carreira de designer no jornal romano "Paese Sera".

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Massimo Gentile, ex-editor de "Arte" da Folha, em foto de 2006
    Massimo Gentile, ex-editor de "Arte" da Folha, em foto de 2006

    Em 1998, Gentile se mudou para o Brasil, onde primeiro trabalhou no projeto gráfico da extinta revista "Manchete", no Rio, e depois se mudou para São Paulo, onde começou a trabalhar na Folha a convite do designer, também italiano, Vincenzo Scarpellini (1965-2006), então editor de "Arte" do jornal.

    "Uma das maiores marcas do trabalho dele era seu refinamento tipográfico", diz Mário Kanno, editor-adjunto de "Arte" da Folha. "Muito do que fazemos ainda nas capas da 'Ilustrada' tem influência direta do trabalho dele."

    Em seu site, "Bolditalic", cujo nome é um trocadilho com seu peso e origem italiana —"bold" em inglês é negrito e "italic" é itálico, referência a um tipo de fonte e ao país europeu"—, Gentile publicou muito de sua obra pessoal, também marcada por releituras de capas de discos usando tipografia.

    Um legado importante de Gentile é o desenvolvimento do projeto gráfico usado pela Folha entre 2006 e 2010, criado em parceria com o designer cubano Mario García, com quem seguiu trabalhando ao entrar para "Il Secolo XIX".

    "Foi um grande encontro dele com o Mario García. Ele trouxe a importância do design gráfico para as notícias", diz Fernanda Giulietti, uma das designers da Folha. "Ele defendia que designer de jornal tinha de ser jornalista, não podia ser alheio à notícia."

    Na Folha, Gentile ainda é lembrado pela personalidade forte. Certos bordões são repetidos ainda hoje, como "non funziona" (não funciona), "branquino" (referência aos espaços deixados em branco na diagramação) e "não bom" para descrever as qualidades ou falta delas numa página.

    "O Massimo foi um raro designer, com alto grau de sofisticação no tratamento gráfico", lembra Fabio Marra, editor de "Arte" da Folha. "Era inteligente e divertido."

    Separado da mulher, Lane Fernandes, em 2014, ele não deixa filhos.

    coluna.obituario@uol.com.br

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    7º DIA

    Claudio Cimma de Brito - Hoje (1º/4), às 12h, na Catedral Metropolitana de São Paulo (Sé), pç. da Sé, s/nº, centro.

    Carlos Roberto Damasceno Costa - Hoje (1º/4), às 19h, na capela do Colégio N. Sra. de Sion, av. Higienópolis, 983, Higienópolis.

    Daniel Barbará - Hoje (1º/4), às 12h, na par. Coração Imaculado de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes.

    *

    1º ANO

    Maria Luiza da Rocha Nogueira - Hoje (1º/4), às 18h30, na ig. S. Gabriel, av. S. Gabriel, 108, Jd. Paulista.

    Octaviano de Souza Paraiso Filho - Hoje (1º/4), às 12h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa.

    *

    49º MÊS

    Fernando César Novaes Galhano - Hoje (1º/4), às 7h30, na par. Coração Imaculado de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes.

    *

    13º ANO

    Severino Bezerra da Silva - Hoje (1º/4), às 17h30, na igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima, av Dr. Arnaldo, 1.831, Sumaré.

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