Agregadora e carinhosa. Assim amigos se lembram de Sonia Maria Sawaya Botelho Bracher, que morreu nesta terça-feira (31) aos 78 anos.
Casada com o banqueiro Fernão Bracher, ex-presidente do Banco Central e fundador do BBA, hoje parte do Itaú, Sonia se formou em história e geografia na USP. Mais tarde, completaria a formação em psicanálise freudiana, área em que atuou até 1998.
Ajudou a fundar a Escola Vera Cruz, em São Paulo, em 1963. Era administradora financeira, mas até aulas de arte deu na ausência do professor. "Onde a Soninha punha a mão, florescia", conta a diretora Stella Mercadante.
O jornalista Jorge da Cunha Lima a conheceu quando ela tinha 13 anos e ele 17. Testemunhou o começo do namoro com Fernão, na adolescência. "É difícil alguém ter sido tão fiel a um só grande amor na vida como ela", diz.
Fiel até no modo de vestir. Para não destoar do marido, que evita roupas escuras, habituou-se a usar trajes coloridos. Eram companheiros no amor e nas ideias, conta a filha Beatriz Bracher, escritora. "Eles trocavam muito".
Lima atribui à sua "fantástica capacidade agregadora" a união dos amigos de escola, alguns dos quais presentes em seu enterro, na quarta, no cemitério Gethsêmani.
Anfitriã generosa, sediou festas de amigos e familiares. Costumava dar presentes para os filhos, os filhos dos amigos dos filhos, os netos, os amigos dos netos.
Além do marido, deixa cinco filhos, 13 netos e uma bisneta. "Ela teve muitos filhos, além de nós cinco", diz Beatriz. O acolhimento, a capacidade de ouvir e as boas conversas fizeram de Sonia uma mulher rodeada de amigos.
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VEJA AS MORTES PUBLICADAS NESTA QUINTA-FEIRA
Isaac Tabacow - Aos 85. Deixa as irmãs Bertha e Frida. Cemitério Israelita do Butantã.
Maria Celeste Mello - Aos 91. Deixa o irmão, Pedro Milton de Mello. Cemitério Gethsêmani.
Terezinha Hakim - Aos 75, viúva de Helio Hakim. Deixa os filhos Sarah, Regina e Alexandre, irmãos, netos e bisnetos. Cem. Israelita do Butantã.