Após uma sequência de episódios de violência registrada nos últimos meses no Complexo do Alemão, e protestos contra a morte de quatro moradores em apenas 24 horas, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), confirmou neste domingo (5) que o complexo do Alemão será reocupado pela Polícia Militar. Desde a semana passada, policiais do Comando de Operações Especiais (COE) reforçam o patrulhamento na região.
Pezão disse que não será necessário o uso das Forças Armadas no Alemão. Atualmente, as UPPs contam com 1.230 policiais na região.
Segundo o governador, além da contratação de novos policiais, os efetivos das UPPs passarão por uma reciclagem. "Já começamos o treinamento desses policiais pelo Morro São João. Vamos fazer isso em todas as UPPs, além de continuar formando novos policiais", disse.
Na semana passada, houve quatro mortes no Alemão em menos de 24 horas, incluindo a de Eduardo de Jesus, garoto de dez anos, que foi baleado numa comunidade conhecida como Areal.
Além de Eduardo, morreram Elizabeth Alves de Moura Francisco, 41, que estava dentro de casa quando foi atingida por dois tiros e dois menores de idade, supostamente traficantes.
PROTESTO
Pelo quarto dia consecutivo, cariocas protestaram contra a morte do garoto Eduardo de Jesus. Cerca de 30 manifestantes vestiram camisas pretas e carregaram um caixão branco, simbolizando o corpo do menino, na orla de Copacabana, zona sul, na manha deste domingo.
O protesto foi organizado pela ONG Rio de Paz.
Uma nova manifestação é convocada pelas redes sociais para a quarta (8). Os organizadores pretendem caminhar do Largo do Machado até o Palácio Guanabara, sede do governo do Rio.
A morte de Eduardo foi a quarta em menos de 24 horas na semana passada no Alemão, conjunto que engloba 12 favelas na zona norte carioca.
O vídeo abaixo, divulgado por moradores do Complexo do Alemão após a morte de Eduardo, contém imagens agressivas
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