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    Com incêndio, caminhões são vetados no porto de Santos até sexta-feira (10)

    GILMAR ALVES JR.
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS
    GABRIELA YAMADA
    DE RIBEIRÃO PRETO

    06/04/2015 13h16

    O gabinete de crise instalado em Santos para gerenciar o incêndio que chegou nesta segunda-feira (6) ao quarto dia decidiu vetar a entrada de caminhões pela margem direita do porto de Santos, uma das principais vias de escoamento da produção agrícola e industrial do país.

    Tomada após a continuidade das chamas que atingem tanques de combustíveis num depósito da cidade do litoral sul paulista, a medida é válida até a próxima sexta-feira (10).

    Na prática, a decisão atinge a maior parte dos caminhões que se dirigem ao porto de Santos, segundo a Codesp (Companhia Docas do Estado de SP).

    A medida só não vale para a margem esquerda do porto de Santos, que opera normalmente.

    De acordo com a Codesp, 5.000 caminhões circulam diariamente pela margem direita do porto de Santos, onde há 38 dos 55 terminais do complexo portuário.

    Apenas serão liberados caminhões carregados com medicamentos e alimentos perecíveis, o que representa de 5% a 7% dos veículos. Nesses casos, os caminhões serão escoltados pela polícia.

    O incêndio no depósito da Ultracargo começou na quinta-feira (2) e, até o momento, não foi extinto. Dois tanques –ambos de gasolina– ainda têm chamas.

    A informação de que a entrada dos caminhões será barrada foi dada de manhã pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que participou de entrevista coletiva com representantes da prefeitura e dos bombeiros, para avaliar a atual situação do acidente.

    O gabinete de crise é formado pelos governos estadual e federal, Corpo de Bombeiros e pela Prefeitura de Santos.

    APELO

    O secretário fez um apelo também a empresas transportadoras, para que deixem de enviar caminhões para Santos até que a situação seja normalizada.

    A proibição, segundo Moraes, deve durar pelo menos até sexta. "Então as empresas devem se programar, os terminais devem se programar, porque isso é um motivo de força maior e quem não pode ser penalizado é o munícipe de Santos", disse o secretário.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A Folha questionou a Codesp sobre a possibilidade de caminhões utilizarem a margem esquerda do porto. A companhia respondeu que a ação é "permitida pela Lei dos Portos (12.815)", mas disse que, para isso, deve haver acordo comercial nesse sentido entre as empresas.

    No Rodoanel e demais estradas, Polícia Rodoviária está fazendo triagem dos caminhões. Os que têm como destino os terminais da margem direita de Santos estão sendo retidos. Já os que têm como destino Guarujá (margem esquerda) seguem normalmente.

    No início da noite desta segunda, a Ecovias diz que há um tráfego lento no sentido SP, entre os km 20 a 17. Também há tráfego lento no sentido litoral do km 38 ao 40, e na Baixada Santista do km 58 ao 63, em decorrência desta triagem dos caminhões.

    O bloqueio de uma das margens de acesso ao porto provoca trânsito também entre os veículos de passeio desde a manhã desta segunda-feira.

    Os demais trechos do sistema Anchieta-Imigrantes estão com movimento tranquilo e a visibilidade é boa.

    Também dois pontos de lentidão foram registrados em avenidas na cidade de Santos na manhã desta segunda.

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