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    Para bombeiros, vazamentos atrapalham combate a fogo em Santos

    GILMAR ALVES JR.
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS

    07/04/2015 12h52

    "A gente consegue apagar o incêndio. O problema é o vazamento." A explicação é do comandante do Corpo de Bombeiros, Marco Aurélio Alves Pinto, e se refere ao fogo que atinge há mais de 120 horas um depósito de gasolina e etanol em Santos.

    Segundo ele, o combustível continua vazando e, quando isso ocorre, sai muito vapor e há risco de acontecer explosões e, consequentemente, a força das chamas aumenta.

    Nesta terça-feira (7), os bombeiros conseguiram reduzir o número de reservatórios atingidos. Eram dois no dia anterior e agora é apenas um, de gasolina. No sábado (4), chegou a ter quatro tanques em chamas.

    O comandante disse ainda que pode haver vazamentos em mais de um tanque, o que piora a situação.

    Apesar disso, Alves classificou a situação do incêndio de "controlada" e destacou a espuma "cold fire" (fogo frio), que vai ser usada pelos bombeiros.

    "No momento a situação está sob controle e o fogo está contido. Existe risco ainda [de explosão e aumento do incêndio], mas a situação é controlada", disse o oficial dos bombeiros após reunião no gabinete de crise instalado na Prefeitura de Santos.

    Veja vídeo

    Segundo o comandante, a estratégia é continuar o processo de resfriamento –o "cold fire", chamado por ele de "espuma gelatinosa"– faz parte desse plano. O produto foi comprado pela Ultracargo –dona do depósito que pega fogo em Santos.

    Alves diz que tem quantidade suficiente de "cold fire" –5.000 litros– para os trabalhos. Segundo ele, primeiro se usa esse sistema e, depois, outro tipo de espuma –mais de 75 mil litros– é utilizada no resfriamento.

    "[O 'cold fire'] resfria num um primeiro momento, e depois ele vai perdendo esse resfriamento, por isso é que nós temos que entrar com [outra] espuma na sequência. Então a ideia é ter espuma em grande quantidade e o 'cold fire' é para ele apagar o foco que nós temos ali."

    CAMINHÕES VETADOS

    O incêndio em Santos causou indiretamente um problema para o transporte de cargas no Estado. Caminhões foram vetados na margem direita do acesso ao porto de Santos, uma das principais vias de escoamento da produção agrícola e industrial do país.

    Na prática, a decisão atinge a maior parte dos caminhões que se dirigem ao porto de Santos, segundo a Codesp (Companhia Docas do Estado de SP).

    A medida só não vale para a margem esquerda do porto de Santos, que opera normalmente.

    De acordo com a Codesp, entre 9.000 e 12.000 caminhões circulam diariamente pela margem direita do porto de Santos, onde há 38 dos 55 terminais do complexo portuário.

    Os caminhões estão passando por bloqueio antes mesmo de chegarem a Santos.

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