A vendedora Kátia Gonçalves, 28, admitiu à polícia, nesta terça-feira (14), que mantinha um relacionamento amoroso com o zelador Francisco da Costa Silva, 31, suspeito de matar seu marido a tiros, na semana passada, na região de Perdizes, na zona oeste de São Paulo. Silva está preso desde o dia 10.

A informação foi passada pelo delegado Lupércio Antonio Dimov, titular do 23° DP (Perdizes), que também vai investigar se o casal tentava extorquir dinheiro do zelador. A acusação foi feita por Silva, que afirma que o casal pediu R$ 542 para não revelar o romance a sua mulher. A vendedora nega ter ocorrido qualquer tentativa de extorsão.

Em um primeiro depoimento, Kátia disse à polícia que estava sendo assediada por Silva e que teria se queixado ao marido, o autônomo Júlio César Galvão, 25, que foi tirar satisfações com ele no local em que trabalhava, na rua Apinajés, onde aconteceu o crime. Segundo o delegado, ela também chegou a afirmar que estava grávida, mas negou a afirmação nesta terça.

A polícia apreendeu os celulares do zelador e da vendedora, que deverão passar por perícia para confirmar o romance entre eles e a possível extorsão da mulher e seu marido contra o suspeito.

O advogado de Katia foi procurado por telefone, na noite desta terça-feira, mas não atendeu as ligações.

O crime aconteceu no último dia 9. Silva contou à polícia que comprou a arma em uma feira de rua, por R$ 500, e que atirou porque acreditava que Galvão também estivesse armado. Ao todo, foram feitos seis disparos em direção ao autônomo, sendo que ao menos dois o atingiram, no peito e no abdômen.

O zelador, que é casado, tem uma filha de 12 anos e é natural da Paraíba. Ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada na semana passada. O delegado afirmou que vai pedir a prisão preventiva, nesta quarta-feira (15). Se concedida, ele aguardará o julgamento preso.