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    Marco Aurélio Costa de Albertim (1950-2015)

    Mortes: Comunista, escreveu sobre a clandestinidade

    EMMANUEL SARINHO
    DA EDITORIA DE TREINAMENTO

    19/04/2015 00h01

    Marco Albertim teve sorte de namorar Ionalda, filha do único fotógrafo de Goiana (a 63 km do Recife) em 1970. Naquele ano, o regime militar (1964-85) precisou do profissional para imprimir cartazes de procurados pelo governo, e Marco estava na lista.

    Ao ver as fotos que seriam impressas, uma tia de Ionalda alertou Marco do perigo, e o jovem de 20 anos fugiu do Recife, onde estudava jornalismo, para viver na clandestinidade em Fortaleza, lá ficando por quatro anos.

    Em 1975, após passar por outras cidades, voltou ao Recife, onde se casou com Ionalda. Os dois se conheciam desde crianças, por causa da amizade entre suas famílias em Goiana, cidade em que Marco nasceu e passou a juventude.

    Seus colegas não compreendiam o relacionamento entre Marcão, como era chamado, e a "burguesinha", com quem teve dois filhos. Depois de se separar, teve um terceiro filho com Marta, colega de militância. Ao todo, foram cinco companheiras.

    Na política, Marco foi figura importante na reorganização do PCdoB em Pernambuco, após a Lei da Anistia, em 1979. Militou até o fim da vida com grandes amigos, como o escritor Urariano Mota e Luciano Siqueira, atual vice-prefeito de Recife.

    Foi também escritor, principalmente de contos e crônicas que falam da clandestinidade, de pessoas pobres e de tradições regionais.

    Morreu no último dia 10, de infarto do miocárdio, aos 64 anos. Estava feliz pois acabara de saber que seu romance "Conspiração no Guadalupe" seria publicado. O livro deve sair neste ano. Marco deixa três filhos e dois netos.

    coluna.obituario@uol.com.br

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