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    Governo Haddad quer privatizar o centro de convenções do Anhembi

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    27/04/2015 02h00

    O governo Haddad vai privatizar o Anhembi. A Prefeitura de São Paulo lança nesta semana um chamamento para que as empresas interessadas apresentem propostas para exploração do maior centro de convenções da América Latina.

    A área total do parque do Anhembi é de 400 mil metros quadrados, sendo 220 mil metros quadrados passíveis de exploração pela iniciativa privada. O projeto não inclui o Sambódromo.

    A prefeitura calcula arrecadar no mínimo R$ 1,5 bilhão com o "aluguel" do pavilhão de exposições e do terreno ao seu redor.

    Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
    Vista do Anhembi, que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pretende privatizar num prazo máximo de um ano
    Vista do Anhembi, que o prefeito Fernando Haddad pretende privatizar num prazo máximo de um ano

    Em troca do direito de exploração do Anhembi, a iniciativa privada deverá modernizar suas instalações e construir dois novos edifícios.

    Estima-se que o processo para escolha do grupo concessionário deverá consumir de oito meses a um ano.

    O secretário de Turismo e presidente da SPturis, Wilson Martins Poit, explica que o modelo ideal para concessão ainda será objeto de estudo a partir das sugestões das próprias empresas.

    Mas afirma que qualquer proposta deverá necessariamente incluir a construção de três obras: um hotel de padrão internacional, um edifício-garagem com espaço para escritórios e uma interligação do centro de convenções com o metrô do Tietê.

    Segundo Poit, não está descartada a opção por uma PPP (parceria público-privada), mas a hipótese que conta com maior simpatia é de uma sociedade nos moldes da privatização dos aeroportos brasileiros.

    Por esse modelo, as concessionários pagam ao governo federal para entrar numa sociedade e pelo direito de exploração dos novos terminais aeroportuários.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Nesse caso, a Spturis fica sócia de um novo investidor e usa os dividendos dessa sociedade para investir realmente na promoção do turismo de São Paulo", defende Poit, alegando que a prefeitura é "proprietária de um terreno valioso", cujo metro quadrado custa R$ 7.000.

    Ainda segundo Poit, já existe um projeto pronto para fazer a interligação do Anhembi com a estação Tietê do Metrô. A ideia é adotar a tecnologia do aerotrem de Porto Alegre. O trajeto seria de 1.050 metros.

    Na opinão de Poit, a modernização do Anhembi será uma marca da gestão Haddad. "Venho da iniciativa privada. Sou um empresário. Estou aí não por acaso. Não tenho partido. Estou dirigindo como executivo. A ideia é rentabilizar mais o Anhembi e consolidá-lo como maior centro de exposições da América Latina."

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