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    Governo estuda contratar rede privada no Mais Especialidades

    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    29/04/2015 16h56

    O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse nesta quarta-feira (29) que o governo estuda contratar serviços da rede privada para o programa Mais Especialidades, uma das principais bandeiras de campanha da presidente Dilma Rousseff.

    A ideia, segundo o ministro, é utilizar a estrutura de saúde já existente nas redes pública e privada para realizar consultas com médicos especialistas em regiões onde há falta desses profissionais e de equipamentos.

    "Vamos utilizar a rede existente, e sem preconceito se precisarmos contratar a iniciativa privada", afirmou, durante uma audiência com deputados de três comissões na Câmara.

    A previsão é que o programa seja lançado no segundo semestre, de acordo com o Ministério da Saúde. Além de ofertar serviços em locais específicos, a pasta estuda realizar mutirões para atendimento de pacientes.

    Até agora, três especialidades são as mais cotadas para o programa, devido ao maior número de pedidos de usuários da rede pública: oftalmologia, ortopedia e cardiologia.

    Chioro também descartou a vinda de médicos estrangeiros nas primeiras etapas do Mais Especialidades, diferentemente do que ocorreu com o Mais Médicos, que teve cerca de 80% das vagas das seis primeiras seleções preenchidas por médicos cubanos. A adesão maior de brasileiros só ocorreu neste ano, após a incorporação de bônus de 10% na nota das provas de residência médica.

    "Estaremos à disposição para discutir no Congresso um primeiro desenho, que não contará com médicos cubanos", disse o ministro, após ser questionado por um dos deputados presentes. "Não podemos contar a vida inteira com médicos estrangeiros."

    Segundo o ministro, a pasta poderá avaliar, no entanto, uma possível contratação de médicos estrangeiros em regiões mais distantes nos próximos anos, caso as vagas não sejam preenchidas. "Pode ser que a gente tenha que contar com um programa de provimento emergencial. Mas isso não vai durar a vida inteira."

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