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    Crise da água

    Agência reguladora indica que não aceitará reajuste maior para a Sabesp

    DE SÃO PAULO

    01/05/2015 02h00

    A Arsesp, agência reguladora estadual, divulgou parecer nesta quinta-feira (30) em que indica que não aceitará o pedido da Sabesp de reajustar em 22,7% a tarifa de água.

    O documento trata das contribuições que a agência recebeu em sua última audiência pública –entre elas a da Sabesp. O argumento da empresa para justificar o pedido de 22,7% era o de recobrar perdas causadas pela crise hídrica, desde o fim de 2013.

    No parecer, a Arsesp declara que o reajuste não pode retroagir para corrigir defasagens desde 2013.

    No entanto, a agência disse que reviu sua conta e que isso poderá assegurar o "equilíbrio econômico-financeiro" da Sabesp.

    Editoria de arte/Folhapress

    QUEDA

    O nível do sistema Cantareira, o maior manancial que atende a região metropolitana de São Paulo, caiu 0,1 ponto percentual nesta quinta-feira (30) e atingiu 15,4% de sua capacidade.

    Foi o primeiro recuo desde 1º de fevereiro, quando a reserva caiu de 3,9% para 3,8%.

    Há um ano, esse mesmo sistema operava com 30,9% de sua capacidade –à época, com 392,3 bilhões de litros de água disponíveis. Hoje, há 196 bilhões de litros em todas as represas do manancial.

    O percentual tem como base a quantidade de água no dia e a capacidade do reservatório –de 1,3 trilhão de litros–, que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

    Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume no reservatório.

    O Cantareira abastece 5,3 milhões de clientes –eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas, por meio da ampliação das redes de interligação.

    A medição é feita diariamente e abrange um período de 24 horas: das 7h às 7h.

    A queda desta quinta no nível do Cantareira já era esperada pelo governo do Estado e pela Sabesp desde o início de abril (mês que marca o fim da temporada de chuvas no Sudeste). A tendência é que, com algumas flutuações, o nível do sistema caia até outubro, quando começa o período chuvoso.

    Em abril, a chuva no Cantareira foi a metade da esperada para o mês. O reservatório só conseguiu se manter sem quedas até o fim do mês porque encostas e lençol freático estavam encharcados pelas chuvas de fevereiro e março e, assim, foram capazes de dar água às represas.

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