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    Docente de SP lidera times de alunos em competições de robótica do Google

    FÁBIO TAKAHASHI
    DE SÃO PAULO

    03/05/2015 02h00

    Por meio da robótica, um professor de Votuporanga, cidade a 521 km da capital paulista, conseguiu chamar a atenção do Google.

    Ricardo Conde, 40, liderou duas equipes de alunos que se classificaram para a final da competição mundial de robótica da empresa americana, disputada no fim de 2014.

    Eram 300 times iniciais, de 24 países. Apenas 25 foram para a etapa final, incluindo as de Conde, dos colégios Sesi e Coopevo. Seus alunos tinham entre 11 e 13 anos (entre os mais jovens do torneio).
    Para 2015, pretende que seus estudantes participem de oito torneios e exposições.

    "Fico o tempo todo incentivando o pessoal a entrar nessas competições", disse Conde. "Elas ensinam os estudantes a trabalhar em equipe, a buscar ideias inovadoras para os problemas."

    Pierre Duarte/Folhapress
    O professor Ricardo Conde, que tem liderado seus alunos em Votuporanga (SP) em competição de robótica
    O professor Ricardo Conde, que tem liderado seus alunos em competição de robótica

    Na competição de 2014 do Google, chamada Moonbots (alusão às palavras Lua e robôs, em inglês), os times precisavam na primeira etapa responder por que o homem deveria voltar à Lua.

    A equipe do Sesi sugeriu deixar um banco genético no satélite, que poderia ser aproveitado caso os humanos fossem exterminados na Terra; a do Coopevo (particular) sugeriu um banco de sementes, caso uma praga exterminasse as nossas plantas.

    Classificados para a etapa final, os times receberam equipamentos para montar robôs que poderiam ajudar na execução do projeto na Lua.

    INOVAÇÕES

    Diretora do Google e organizadora da competição, Chanda Gonzales diz que os dois times brasileiros encontraram soluções inovadoras.

    O robô dos alunos do Sesi andava em pistas (as equipes em geral se atêm às rodas); o do Coopevo foi capaz de se locomover se guiando a partir de cores nos trajetos.

    HISTÓRICO

    O professor começou a trabalhar com educação por acaso. Após trabalhar em multinacionais, ele tinha uma empresa que prestava serviços de tecnologia a campi no interior da USP e da Unesp.
    "Fiquei em contato com os professores e encantado com os projetos que eles faziam", relata Conde.

    Decidiu cursar matemática. Ao se formar, ingressou no corpo docente do Sesi em 2009, como professor de informática. Um ano depois, começou com robótica.

    Desde então, suas equipes já foram premiadas na Olimpíada Brasileira de Robótica e em outros torneios do Google.

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