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    Porteiro de loja mata cliente com quatro tiros na Grande SP, diz polícia

    RAFAEL RIBEIRO
    DO "AGORA"

    05/05/2015 02h00

    O vendedor José Gabriel Souza de Oliveira, 19, morreu após ser baleado quatro vezes nas costas durante uma discussão com um porteiro no domingo (3), em um shopping de Embu das Artes (Grande SP), segundo a polícia. Dois primos da vítima também foram atingidos por disparos. Um deles continua internado em estado grave.

    A confusão no shopping começou por volta das 17h. Oliveira comprou presente para a mãe e foi informado de que não poderia pagar os R$ 12 de estacionamento com cartão de banco.

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    Segundo a polícia, o jovem foi até o carro, onde estava um amigo da família, um adolescente de 16 anos. Ao retornar à loja, Oliveira teve a primeira discussão com o porteiro Fernando Pereira, 36, que impediu sua entrada no local alegando que já estava fechado.

    Após bate-boca, o jovem empurrou Pereira e foi até onde estavam os primos para pegar um cartão de banco e ir até o caixa eletrônico sacar dinheiro. Mas, novamente, encontrou o suspeito, na versão da polícia.

    Após nova discussão, Pereira sacou uma arma e teria disparado contra as vítimas.

    Um dos primos de Oliveira, um barman de 26 anos, foi baleado três vezes no peito e seguia internado.

    O outro primo do vendedor, um motorista de 23 anos, teve a mão direita ferida a bala, foi atendido em um hospital e liberado logo em seguida.

    O porteiro seguia foragido até a madrugada desta terça-feira (5) desta edição. A Polícia Civil foi até a casa dele e diz ter encontrado armários vazios.

    O veículo de Pereira, uma Toyota Hilux prata, foi deixado em um posto de gasolina no centro de Embu das Artes.

    A Justiça decretou ontem a prisão temporária de Pereira por cinco dias.

    O porteiro tem uma passagem criminal, em 1998, por porte ilegal de arma, de acordo com a polícia.

    OUTRO LADO

    Os advogados da loja onde ocorreu o crime informaram que o porteiro era contratado de uma empresa terceirizada apenas para fazer o serviço de portaria no local.

    Os defensores da loja afirmam que o porteiro não tinha autorização para portar arma.

    A empresa terceirizada para a qual trabalhava Pereira não foi encontrada para comentar o caso até a conclusão desta edição.

    Alegando luto, a rede de lojas não abriu ontem e se colocou à disposição da família de Oliveira.

    A reportagem não conseguiu localizar advogados ou familiares de Pereira, que seguia foragido até a conclusão desta edição.

    ENTERRO

    Pai de um menino de dois meses, Oliveira é descrito por familiares como uma pessoa alegre e sonhadora. Um de seus objetivos para este ano era começar a fazer faculdade.

    "Como pode, morrer por causa de R$ 12? Só podemos esperar que a justiça seja feita, que esse monstro pague pelo crime que cometeu", disse um familiar, que não quis se identificar, com medo de represálias.

    "Infelizmente esse homem continua à solta por aí. Estamos receosos."

    A família toda mora na região do Campo Limpo (zona sul) e ia constantemente comprar roupas em Embu.

    O velório e o enterro foram realizados ontem, em Congonhas (zona sul de SP).

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