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    SP pedirá a governo federal que isente bancos do custo de dinheiro destruído

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    06/05/2015 15h25

    O governo de São Paulo pretende apresentar em junho ao governo federal proposta de decreto que isente as instituições financeiras de arcarem com o custo de reposição de cédulas de dinheiro destruídas durante assaltos a caixas eletrônicos.

    O objetivo da mudança é permitir que agências bancárias adotem tecnologia que inviabilize o uso das notas roubadas por organizações criminosas.

    Por causa do custo de reposição, algumas instituições financeiras têm resistido a utilizar dispositivos que destroem ou incineram as cédulas de dinheiro durante o assalto.

    Zanone Fraissat - 05.fev.15/Folhapress
    Criminosos explodem caixa eletrônico em posto de gasolina na Vila Mariana, zona sul de São Paulo
    Criminosos explodem caixa eletrônico em posto de gasolina na Vila Mariana, zona sul de São Paulo

    O objetivo da mudança é frear a onda de ataques a caixas eletrônicas em São Paulo.

    "Com a destruição das cédulas de dinheiro, a instituição bancária tem de pagar o custo da reposição para o Banco Central. Então, o que pedimos, é de que esse custo não seja arcado pela instituição bancária, mas entre para o Banco Central", explicou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes.

    A apresentação de uma proposta de decreto presidencial foi discutida em reunião, realizada nesta terça-feira (5), do governo de São Paulo com representantes da Polícia Federal e do Comando Militar do Sudeste.

    A ideia é pedir que o novo decreto também preveja a incineração ou explosão das cédulas em casos de assalto.

    Segundo o secretário estadual, o Ministério Público Federal já foi consultado sobre o assunto e garantiu que não é vedado pela legislação federal.

    Em fevereiro, um novo dispositivo de segurança adotado pelo governo estadual teve êxito. O aparelho lança uma fumaça espessa quando um caixa eletrônico é arrombado.

    Graças ao novo sistema, foram presos três suspeitos de atacar uma agência bancária na zona norte de São Paulo. Segundo a polícia, a falta de visibilidade provocada pela fumaça dificultou a fuga.

    Segundo a Folha apurou, o método de aplicação de tinta vermelha nas notas de caixas explodidos deve ser substituído. Anunciada como panaceia, a estratégia foi rapidamente superada por criminosos com o uso de produtos capazes de remover a tinta.

    CELULARES

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sancionou nesta quarta-feira (6) projeto de lei que restringe a venda de celulares que alterem ou desbloqueiem o IMEI (International Mobile Equipment Identity), número de identificação do aparelho.

    O objetivo da iniciativa é diminuir os roubos e furtos dos aparelhos celulares em São Paulo.

    Para os comércios que descumprirem a lei, está previsto o cancelamento de sua inscrição estadual e apreensão do estoque irregular.

    Os sócios do estabelecimento também poderão, por cinco anos, ser impedidos de exercer o ramo de atividade e proibidos de solicitar inscrição de nova empresa.

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