O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), minimizou na manhã desta quinta-feira (7) a declaração incorreta do secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, sobre a chacina que deixou oito mortos na sede da torcida Pavilhão Nove.
A Folha revelou no dia 24 de abril que o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) investigava o envolvimento de policiais militares no crime. Moraes, porém, descartou essa possibilidade na época. Nesta quinta um PM e um ex PM foram presos sob suspeita de participar da chacina.
O governador disse que as informações eram iniciais quando o secretário fez a declaração e outras pessoas devem ser presas. "É que no começo você não tinha nenhuma evidência. Não foram só dois que fizeram a chacina, mas isso quem vai falar é a Secretaria da Segurança. A gente não deve adiantar a investigação até para não atrapalhar", afirmou Alckmin.
Para o governador, a prisão demonstra um bom trabalho da Corregedoria da PM. "Eu quero destacar a importância do trabalho de investigação e da Corregedoria. Um [dos PMs presos] já era expulso da polícia e o outro será punido exemplarmente. O trabalho não terminou."
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Nesta semana, Alckmin já havia feito outra correção do secretário da Segurança em relação à operação na cracolândia.
Na última semana, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que contava com a ajuda da PM para impedir que os viciados voltassem a construir barracas na região. Alexandre de Moraes, porém, afirmou que aquele era um problema social, não de Segurança Pública.
Dias depois, o governador disse ter orientado o secretário a atuar junto com a prefeitura na região. "A Polícia Militar deve dar toda a retaguarda para a Guarda Civil Metropolitana. Traficante é criminoso e precisa ser preso", disse Alckmin na segunda (5).
Sessenta policiais militares também foram destinados à região da cracolândia para reforçar o patrulhamento.