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    Celmar Gomes de Moraes (1946-2015)

    Mortes: Moraezinho, compositor de 'Panela Velha'

    GUILHERME MAGALHÃES
    DE SÃO PAULO

    08/05/2015 00h00

    "Não me interessa se ela é coroa/Panela velha é que faz comida boa" são versos conhecidos pela grande maioria dos brasileiros, eternizados na voz do cantor sertanejo Sérgio Reis nos anos 1980.

    O que nem todos sabem é que "Panela Velha" foi composta e originalmente interpretada pelo gaúcho Celmar de Moraes, o Moraezinho.

    A música nasceu de um dedo de prosa com o amigo compositor Auri Silvestre, conta Cristiano, um dos filhos de Moraes. "Eles estavam de conversa, bem à toa, quando meu pai largou um ditado da época, não lembro qual, e o Auri respondeu isso, panela velha é que faz comida boa."

    Na época, Moraezinho acabara de gravar seu primeiro disco, de 1979. A música, então, ficou para o segundo álbum, lançado em 1982.

    Um ano depois, o grupo Trio Parada Dura já havia gravado uma versão, mas foi em 1984, quando Reis conheceu Celmar e pediu para usar a letra, que a canção estourou.

    Nascido em uma família de agricultores de São Pedro do Sul (a 333 km de Porto Alegre), Moraezinho se envolveu com a música ainda criança. Aos dez anos de idade, era baterista de uma banda da cidade. No final dos anos 1960, decidiu tentar a vida na capital e trabalhou como pedreiro antes de conseguir o primeiro contrato com uma gravadora.

    "Na nossa cultura, o trovador é só trovador. Quem grava disco, geralmente não trova. Ele conseguiu juntar as duas coisas e deu certo", afirma o filho Cristiano.

    Moraezinho gravou mais de 30 álbuns. "Panela Velha" lhe rendeu dois discos de ouro (100 mil unidades vendidas) e um de platina (250 mil discos vendidos). Fama e dinheiro, porém, não eram seus objetivos. "O que ele gostava mesmo era de tocar", diz Cristiano. "Na carreira dele, teve momentos em que ele tocava em um ginásio para milhares de pessoas e época em que tocava em circo do interior para 20, 30 pessoas."

    Torcedor do Internacional desde pequeno, "virou a casaca" em 1997 após representar o Grêmio em um desafio de trova na rádio Gaúcha.

    Morreu no último dia 29, aos 68 anos, vítima de uma parada cardíaca. Deixa três ex-mulheres, seis filhos, nove netos e 11 irmãos.

    coluna.obituario@uol.com.br

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