O Projeto Radar, desenvolvido pelo Centro de Processamento de Dados da Polícia Militar, estreou em Guarulhos (Grande SP) em maio de 2014, após pesquisas que começaram em 2011.

Utiliza uma tecnologia relativamente simples de radares leitores de placas –originalmente usados para multar– e "cruza" essas placas com os bancos de dados das polícias Militar e Civil e do Ministério da Justiça.

Ao localizar uma denúncia de roubo ou furto, por exemplo, relacionada a uma determinada placa, envia automaticamente um alerta para os tablets instalados nos carros da PM que estiverem mais próximos do local.

Os radares utilizados pelo projeto são cedidos à polícia pelas prefeituras e concessionárias de rodovias.

De maio de 2014 a fevereiro deste ano, o Radar levou a polícia a abordar 277 veículos suspeitos e a prender em flagrante 396 pessoas.

Além de Guarulhos, onde a Folha acompanhou o Radar em operação, o sistema está em Santos, Piracicaba, Sorocaba, Itaquaquecetuba, Taubaté e Campinas, além de rodovias estaduais.

	Editoria de Arte/Folhapress

A ideia da PM paulista é compartilhá-lo, gratuitamente, com as polícias de outros Estados –assim, um carro roubado em São Paulo poderia ser flagrado em outros pontos do país.

Segundo a PM, o custo do desenvolvimento do projeto foi quase zero. Em Guarulhos, por exemplo, a implantação do Radar custou apenas R$ 8.000 para a compra de dois modems.

Na última segunda-feira (4), o Projeto Radar ajudou a polícia a localizar um carro roubado em que estavam, além dos ladrões, a dona do veículo, vítima de sequestro na porta de casa, na zona oeste de São Paulo.

O carro foi flagrado por um radar na rodovia Raposo Tavares, após o marido dela ligar para o 190 e dar queixa, informando a placa.